Forty Five

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Lexi P.O.V

  Acordo e como um zumbi vou até o banheiro, me olhando no espelho e bufando.

— Você vai ter que ser meu amigo querido, desse jeito não da – falo para o espelho, sou estranha.

  Fico um tempo parada, talvez esperando uma resposta do espelho, mas nem ele me responde mais, essa coisa do Hayes tá me deixando paranóica, lavo meu rosto, escovo meus dente, e faço outras coisas, voltando pro quarto, colocando uma roupa, minha pantufa e descendo as escadas, eu estava chegando perto da cozinha quando escuto a conversa do meu pai e da minha mãe, eu sei que é feio ouvir atrás, lado da porta, mas eu sou curiosa.

— Eu tenho medo de acontecer tudo de novo Joe – minha mãe estava com um tom triste. – Eu me sinto culpada por não ter feito nada antes.

— Louise para com essa bobagem, não pense negativo – a voz do meu pai era suave, uma voz que sempre me acalmava quando eu era criança e tinha os meus pesadelos frequentes. – Bom, ela entra hoje, espero que esteja preparada.

Fico um tempo parada na porta, então entro na cozinha, com os braços cruzados.

— Você ja me matriculou? – pergunto levantando uma sobrancelha, escuto a risada baixa da minha mãe, mas continuo naquela pose.

— Claro minha filha, antes de virmos pra ca – ele fala sorridente – Sabe como prezamos seus estudos.

— E meus materiais? E meus horários? – falo incrédula, abrindo os braços indignada.

  Os dois começaram a rir de mim, então eu bufei e revirei os olhos.

— É sério pai – resmungo.

— Eu estou com tudo aqui minha filha – ele sorri e me entrega um papel, com uma grade de horários.

— Foi por isso que perguntou as matérias extras que eu queria fazer? – pergunto e ele concorda com a cabeça. – Ah...

— São 6 da manhã, por que tá acordada? – mamãe pergunta sentando na mesa.

— Acho que estou acostumada com os horários de Omaha, eu estudava nesse horário – dou de ombros.

Os dois sorriram, e então eu virei indo até a sala, jogando as pantufas longe, me jogando no sofá e observando meus horários, hoje eu tenho aula de... ai que droga matemática no primeiro.

— PAI E MEUS MATERIAIS? – grito.

— ESTÃO NO SEU QUARTO – ele grita de volta.

  Olho para a porta da cozinha indignada, mas dou de ombros, voltando a ler os horários, olho para a televisão desligada, e varias coisas começam a passar na minha cabeça.

  A escola era a mesma que a de Hayes, e se eu visse ele la, ia ser muito estranho, e aquela tal de Yohana, a Alana me disse que ela é um pouco Vadia, mas eu não costumo tirar conclusões precipitadas, e muito menos chamo as outras de Vadias, acho horrível. Eu achei que entraria com um amigo pelo menos, mas vemos que vai ser a mesma coisa de antes.

— Filha – sinto duas mãos em meus ombros, me assusto dando um pulo e olhando para meu pai.

— Que foi pai – me levanto.

— Arruma suas coisas la no quarto, e coloca uma roupa, a Stefanie pediu pra te levar no primeiro dia de aula – ele fala bagunçando meus cabelos, e então se vira saindo.

   Suspiro pesado e subo para meu quarto separando uma roupa, e procurando os materiais que meu pai disse estarem no quarto, então achei dentro de uma gaveta da estante do meu quarto, arrumei a mochila, e fui ao banheiro me arrumando, voltei pro quarto colocando meu tênis, colocando a mochila nas costas e descendo, vendo meu pai se despedindo da minha mãe com um selinho, e saindo pela porta, voltei a descer as escadas, dando um beijo na bochecha da minha mãe e correndo até o carro do meu pai.

— A Stef anda meio triste esses tempos tem certeza que ela vai querer me levar? – pergunto olhando pra ele.

— Você vai la pra dar uma força pra ela – meu pai entra no carro fechando a porta.

  Entro no carro, fechando a porta também, então ficamos quietos o caminho todo, até chegar no apartamento da Stef me despedi do meu pai com um abano, e corri para dentro do prédio.

— Bom dia – sorri para o porteiro.

  Entrei no elevador, chegando no apartamento de Stef sendo recebida por uma Madison com olheiras.

— Estamos a noite toda acordadas ouvindo ela chorar, meu coração está em pedaços – Madison fala com uma face triste.

  Sorrio fraco, e entro por debaixo do braço dela, largando minha mochila no sofá, e correndo até o quarto de Stef, abri a porta e ela estava com a cara inchada, os olhos vermelhos, e as meninas pareciam cansadas.

— Podem sair? Preciso falar com minha irmã – sorrio

  As meninas passaram por mim com sorrisos curtos. Fechei a porta e cruzei os braços, levantando uma sobrancelha.

— Você tá assim por macho? – pergunto

— Ele me traiu – ela fala e volta a chorar.

— Shiu, se tu chorar eu vou rasgar o Sapo Nub – falo e ela engole o choro.

— Ele tá contigo? – concordo com a cabeça e ela faz um beicinho.

  Vou até a cama me sentando do lado dela.

— O Hayes tá me ignorando a duas semanas e alguns dias – falo e olha pra ela. – Você sabe por tudo que eu passei, e o que eu estava passando, e ele não estava comigo, ele estava me evitando, indo para festas, brigando, pegando outras garotas – Percebo que Stef estava quieta prestando atenção – Ele me deixou em um dos piores momentos que eu poderia passar, e me deu varias desculpas esfarrapadas antes de me ignorar totalmente  – continuo – Você me viu chorar? Me viu trancada no quarto sofrendo? Deixando todos a minha volta ficarem tristes e cansados? – ela me olha com os olhos cheios de lágrimas mas limpa rápido fungando.

— Como você consegue? – ela pergunta e eu a olho incrédula.

— Você Stef, você me ensinou a superar qualquer barreira, a não ficar triste por qualquer bobeira, ou por coisas ruins, me ensinou a ter sempre um sorriso no rosto, me ensinou que tudo na vida tem um lado bom – olho para o chão, e volto a olhar pra ela.

  Stef me olhou com um sorriso e lagrimas escorrendo por seu rosto.

— Estou sendo um péssimo exemplo agora não é mesmo? – ela pergunta soltando uma risada fraca e eu concordo com a cabeça.

— Isso é só mais um dia Stef, isso vai se resolver, é só você querer – Sorrio – Não precisa correr atrás, tira um tempo pra esfriar a cabeça, e depois você fala com ele – Sorrio – Mas não fica trancada em um quarto chorando as pitangas.

  Ela me abraçou e eu retribui o abraço com força.

— Eu te Amo, e nada nesse mundo vai te abalar enquanto eu estiver aqui – falo e ela aperta o abraço – Você é meu exemplo.

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Galera roupa da lexi ta na mídia, e o tênis é um air force branco

Lexi || Hayes G.Onde histórias criam vida. Descubra agora