Lexi || Hayes G.

Fifty Five

Hayes P.O.V

  Ver aqueles dois parecendo grudes estava me dando nojo, aquele Peyton me da nojo. O dia em que a Lexi falou comigo no refeitório não sai da minha cabeça, eu achei ter deixado claro que não estava muito afim de papo com ela. Bom, isso é mentira, o que eu mais quero é beijar ela, e depois dar um abraço tão apertado que... Caralho eu sou confuso, não da pra me entender. Vi Peyton empurrando Lexi de leve que se levantou reclamando divertida.

— Lexi – A chamo com as mãos no bolso.

— Sim – ela responde seca, e aquilo simplesmente me desmanchou.

— Posso falar contigo? – pergunto apontando para as escadas.

— IHHHHH – ela olha para Matthew e Johnson e eles ficam quietos.

Ela olhou para Peyton que concordou com a cabeça, porque porras ela precisava da permissão do merda para falar comigo? ela sobe as escadas, e eu a sigo.

— Então, o que queria? – Ela fica com o olhar fixo em mim – Eu achei estranho, ja que não fala comigo, e a ultima vez que tentei, você me tratou feito lixo – ela fala rindo falsa.

— Vim pedir para não tentar mais falar comigo na escola – dou o máximo de mim para ficar sério.

— Imaginei... – revira os olhos. – Mas por que?

-Andar contigo não ia ajudar muito para mim continuar no topo - falo mas acabo me arrependendo das palavras que usei, não era isso que eu queria, por que eu estava fazendo?

— Oh bom, vemos que está no topo – ela ri sem animo, e eu fico confuso mas não demonstro, apenas escuto – No topo da babaquice – revira os olhos – Você sempre vai estar no topo, não importa com quem ande, você é famoso seu idiota tem likes, seguidores, fãs, quem não quer uma "verdadeira" amizade de um famoso não é? – sinto seu tom de ironia, e o que a Yohana falou sobre fama passou em minha cabeça. – Eu estou bem sem, porque eu estou no topo Hayes, e não é o topo do "aproveitamento", ou como você chama, popularidade. – e aquilo foi um impacto, não era verdade, e eu ainda assim acreditei na Yohana. Assim que ela olhou para os amigos eu segui o olhar dela, vendo os três com expressões preocupadas, senti que eu era o problema, porque eu sou o problema, sempre fui. – Eu estou no topo das amizades, os melhores amigos e verdadeiros, sem fama, sem preço, sem seguidores, apenas amizade sincera.

Fico quieto, eu não posso, eu não quero falar nada, eu já entendi que sou o problema, eu já entendi tudo, e aquilo estava me machucando, porque cair na real acabou sendo horrível. 

— Eu esperava mais de você Hayes, quando você pediu para mim não ir embora na primeira vez que eu vim para ca, quando você chorou no aeroporto, e todos os nossos dias naquela semana, todas as mensagens, facetimes antes daqueles maravilhosos dias. – minha garganta fechou, e eu segurei muito o choro, eu estava quase estourando. – E eu achei que vir para ca fosse ser um sonho, o mesmo sonho que foi aquela semana. Eu acho que meu problema foi esse, sempre esperar mais de você, mas você não conseguiu segurar isso por mais de dois meses, então eu tentei por todo o resto, mas não se preocupe quanto a isso, o que eu me senti mal quando você não me tratou, eu sinto o dobro de bem, com o que eles me tratam – eu percebi que tudo que pensei, e tudo que fiz pra ela, foi desnecessário, ela não queria fama, ela não queria seguidores, mas agora ja é tarde demais, eu nunca mais vou ter a Lexi de antes. – E o que eles me deram, eu espero, como sempre, que nunca mais vá ganhar de você. – não consigo olhar para ela, se eu o fizer eu vou desabar, eu tenho que deixar ela, se eu tentar correr atrás vai ser pior.

  Abro a boca pra falar algo e acabo fechando a boca, preferi não falar nada e deixar, ela vai superar.

— Imaginei que você não teria nada – ela sorri – Agora se me der licença, eu vou estar com quem realmente se importa. – ela vira de costas descendo correndo.

  Olho para ela sentando no colo de Peyton, me virei socando a parede, sentindo meus olhos arderem, me sento no chão me escorando na parede, olho para cima segurando as lagrimas, quase todo mundo que estava na sala subiu, as meninas entraram no quarto, e os meninos também sobrando apenas Nash, que sentou do meu lado.

— Eu não quero conversar – falo seco.

— Eu imagino, por isso nós vamos conversar – ele diz simples. – O que está acontecendo?

— Eu não sei Nash, eu ando totalmente confuso, eu amo ela, eu amo Lexi – olho para o chão. - Mas não amei ao ponto de confiar totalmente nela, e agora que cai na realidade, já foi tarde demais, desculpa estragar a sua noite, e de todos, mas eu precisava ouvir aquilo para deixar ela livre de uma vez.

— Meu, isso é a adolescência, uma gota em um copo d'água se torna um tsunami na nossa cabeça, e nós acabamos fazendo merda – olho para ele. – Mas você cresce e tudo isso passa a ser besteira, vocês vão passar por isso, agora que tu estragou tudo...

— Obrigado irmão – falo irônico revirando os olhos.

— Deixa eu continuar – faço um sinal para ele prosseguir. – Agora que a merda tá feita, deixa o resto rolar, se for para se resolver pode ter certeza que vai acontecer – ele sorri.

  Olho para o Nash e agradeço com a cabeça, com um sorriso curto no rosto.

- Eles vão a ajudar a superar, não se preocupa. - ele sorri – A Luna é uma garota ótima.

— E apaixonada por você – falo rindo fraco.

— Sério? Ela é muito nova – Nash sorri fazendo uma caretinha feliz.

— Desde quando a idade importa? – olho para Nash.

— Bom, isso deixamos para outro dia – ele sorri animado, e bagunça meus cabelos – Tenta agir normalmente, e para com o Bullying na escola.

— Como?...

— Luna maninho – ele sorri e se vira para descer as escadas.

— Fofoque... – ele me olha feio e eu paro.

Fico sentado la no corredor do quartos, pensando em tudo, que grande merda foi essa. Espero que Nash tenha razão e o tempo resolva isso, espero que eles consigam ajudar ela a superar, porque eu não vou superar, e muito menos ter alguém que me ajude com isso.