Capítulo 25

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Os presentes que trouxemos para todos foram um sucesso, mas quando Anthony abriu meu singelo pacote e retirou um porta retrato com nossa foto na noite de gala no Metropolitan, sua reação não poderia ter sido uma recompensa maior para mim. Abraçou o porta retratos, e me puxou para um profundo beijo.

-Esta foto é importante demais para mim principessa. Além de você estar maravilhosa, esta festa representou todas as outras que eu não pude comparecer ao seu lado e foi o momento que mostrei para toda Nova Iorque quem era minha eleita, quem é a dona do meu cuore.

-Todas as festas que eu fui, depois de te conhecer é claro, sempre sonhei em ter você ao meu lado...

-Mas era aquele Cristiano que sempre ocupava meu lugar!

Sorri sem pudor.

-Ele fez seu papel direitinho...

Adoro provocá-lo. Seu olhar muda de tonalidade, e surgem dois tracinhos verticais entre suas sobrancelhas, que me fazer saltitar por dentro.

-Vou mostrar é agora o que eu faço bem melhor que ele, afinal, você disse que não passou além dos beijos com aquele coglione...

Me tomou em seus braços antes que eu retrucasse, calando minha boca, adentrando sua língua por meus lábios, tentando me fazer esquecer de qualquer outro homem que tivesse me tocado algum dia.

Seu presente de Natal para mim foi no mínimo de gosto duvidoso, ainda mais depois da noite punk que tivemos. Um pingente com um diamante gigante no centro de algo já conhecido. A mesma moldura das abotoaduras que usou neste mesmo baile da fotografia. A rebarba de uma capsula de Winchester. Sorri pois ele pensou no meu presente no mesmo dia que eu pensei no dele. Deixamos para a última hora mas fomos originais na escolha.

-Um pingente de mulher de mafioso? – agora já me dava ao direito de brincar com isso.

-Seu amor tem o poder de ferir como uma bala de winchester principessa!

-Vou ter que tirar o lacinho? – toquei no cordão que não tirei nem em meu casamento.

-Não, vou fazer uma pulseira com este winchester, ou você coloca as duas correntinhas para que todos vejam que você é delicada, mas é um perigo!

As senhoras fizeram questão de fazer a troca dos presentes em outra sala, bem maior que a outra, com uma lareira que me apavorava cada vez que as crianças se aproximavam. Era de pedra rústica, tipo aquelas de castelos, ocupando quase toda a parede, com capacidade de duas pessoas lá dentro... credo! Mas é inegável o quão aquecidos estávamos.

Sofás de couro marrom e ao canto uma mesa de sinuca, sendo altamente usada pelos primos. Eu não saía do lado do meu marido acidentado. Senti que seus olhos ficavam mais pesados depois do almoço e logo deduzi ser efeito dos medicamentos, mas ele não quis ir embora. Queria aproveitar ainda alguns momentos juntos da sua nova e antiga família. Ficaríamos só mais uns dias na Itália, isso se o investigador americano não resolvesse que tínhamos que voltar para dar depoimentos.

Quando enfim desgrudou seus lábios dos meus, olhou em meus olhos e sussurrou para que ninguém escutasse.

-Eu estou bem principessa, mas preciso ir embora e terminar algo urgente.

Com um selinho e uma piscadela, entendi suas segundas intensões, e mesmo preocupada em como consumaria enfim minha noite de núpcias, com ele com o braço estourado, estava precisando também.

Chamei Gianfranco e este foi falar com Anthony. Em segundos, estávamos nos despedindo e indo no carro com Luiggi, que aproveitou nossa saída estratégica, para fugir um pouco do agito dos gêmeos.

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⏰ Last updated: Jan 23, 2017 ⏰

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