— Que demora, tá louca? — Rebeca reclamou me abraçando.
— Desculpa, dormi demais.
Olhei para Artur, ele sorriu sem jeito e veio me cumprimentar.
— Além de ter me deixado falando sozinho, ainda acorda tarde? Como consegue?
Dou risada, cruzo os braços e faço bico de brava.
— Para vai, estava cansada.
— Eu sei bobona.
Ele beijou minha testa e sorriu. Ele beijou minha testa!!!!!
— Migas, estou indo ali.
Isa disse e saiu andando de mãos dadas com o Juca. Eu fiquei como um peixinho fora d'água, estava morrendo de vergonha ao lado do Artur e Rebeca não estava me dando a miníma atenção.
— Quer tomar alguma coisa?
— Eu sou menor de idade.
Ele riu.
— Eu sei, também tenho 17 ainda, não venderiam nada pra gente aqui... mas um suco acho que sim.
Assento com a cabeça e seguimos caminho até a lanchonete. Me sento na cadeira do balcão e ele ao meu lado.
— Dois sucos de...
Ele olhou pra mim.
— Morango — respondo.
Ele sorri e o garçom vai pra dentro da cozinha.
— E então, me fala de você... onde você está estudando?
— Eu estudo no Dr Flacker, e você?
— Estudo na cidade vizinha, porque não tinha vaga nesse colégio teu pra fazer ensino médio, mas faço um curso lá.
— Não acredito! Como nunca te vi por lá?
— Eu faço o curso a noite e o colégio de manhã.
— Ah, entendi... Que coincidência.
Sorrio, tímida.
— Você namora? — pergunta sem jeito e me encara. Mas na verdade, quem tinha que estar sem jeito era euzinha.
— Sim... — suspiro.
— Ué, que cara triste?!
— É... eu e ele não estamos num momento muito bom.
— Entendo, mas você gosta dele?
— Eu já nem sei mais.
Digo isso olhando em seus olhos. Os olhos dele são tão verdes que eu mergulharia neles sem pensar duas vezes.
— Fica assim não.
Ele passa seus dedos em meu rosto, tirando uma mecha de cabelo e colocando a mesma pra trás da minha orelha.
— Você namora?
— Nunca namorei.
— Sério? — pergunto, incrédula — Por que não?
— Porque sei lá ué.. — ele ri — Nunca encontrei alguém pra isso.
— Hum..
O garçom traz nossos sucos e decidimos andar pelo local, logo sentamos nas espreguiçadeiras.
— Pelo visto vamos nos dar bem, temos bastante coisa em comum.. — digo.
— Pena que você namora.
OI? Ele disse isso mesmo, Deus?
— Não entendi?! — sorrio toda envergonhada.
— Ah, para vai.. Você sabe que eu me interessei por você desde a hora que te vi lá na festa ontem — diz mexendo no meu cabelo —, mas eu respeito seu relacionamento.
— Eu também me interessei por você.
Artur me olha desconcertado.
— Sim, eu gostei. Você combina tanto comigo, me tratou muito bem desde o primeiro momento, mas...
— Tudo bem, esquece isso.
Ele sorri e beija minha bochecha.
Droga, por que esse garoto tem que me beijar tanto?!
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Fantasma do Meu Coração
Teen FictionSempre quis acreditar que ele fosse meu príncipe encantado. Ele sempre esteve comigo em todos os momentos. Foi meu ombro amigo fiel e por isso acabou se tornando o meu amor. Acontece que nem eu e muito menos ele, esperava você aparecer na minha vida...