A Page of Me (Editada)

Daniel

                                RESONANCE

"Gostaria de ter nascido em um mundo onde ganâncias não fosse pecado e pessoas convencidas não seriam confundida como ignorantes"

Os dias se passaram em um piscar de olhos e já estávamos na metade de janeiro, pra ser sincero, achei até estranho o fato de estar muito calmo. Boston estava mais fria que o normal, suas ruas coloridas agora eram somente brancas. Poucas coisas aconteceram nos dias que passaram depois do show, passei o natal e o ano novo junto a minha família, essa seria a primeira vez que a família passaria separada, já que um membro estava viajando e  felizmente chegou ontem de viagem. As férias já haviam terminado, mas como um bom aluno, estava entediado e não fui para os primeiros dias de voltas as aulas, faltava apenas alguns meses pra ter o ensino médio completo, mas os professores não facilitavam e deixavam a merda das aulas tão chatas.

Uma das vantagens de ser de uma escola onde quem manda é o dinheiro, é que não te obrigam a fazer algumas matérias se não quiser, e o dinheiro compensa as faltas, a única coisa que preciso fazer é uma prova chata, passar, e adeus escola, nos vemos no inferno. Mas infelizmente eu teria de ir hoje naquela merda, motivo: nenhum em especifico, apenas passar um tempo com a minha galera. E lá estava eu me olhando no espelho vestindo aquela merda de uniforme escolar, uma blusa social branca com o escudo da escola, deixei os primeiros botões abertos odiava me sentir sufocado com aquela roupa, gravata folgada, calça social preta, meu original hard preto e branco e com o cabelo totalmente rebelde, mas pouco me importava isso.

Saí do quarto descendo a escadas, a casa ficava muito solitária pela manhã, meus pais já deveriam ter saído de casa, minha irmã já deveria ter ido pra escola, e como eu sou rodeado por pessoas legais, ela foi embora e me deixou sozinho nessa porra, mas não por muito tempo. Dei um sorriso torto e peguei a chave do Mustang GT, não sei o que era mais entediante, ter que acordar cedo pra ir a um lugar que não quer ir, ou saber que vou ter que me deparar com garotas enlouquecidas querendo transar comigo. Bom, acho que a segunda é mais tentadora, e prazerosa, mas não deixa de ser entediante.

Com a velocidade alta que eu estava não demorou muito para que chegasse naquele inferno particular. Eu estava rodeado de pessoas hipócritas desfilando suas merdas fúteis, enquanto achavam que estavam sendo os fodões em seus carros potentes, mas que na verdade estavam pagando um mico horrível, porém não posso dizer nada, é uma escola onde quem paga mais é quem manda e nesse momento quem está no topo dessa merda sou eu, e eu não tenho nenhuma intenção de mudar isso. Saí do carro fechando a porta suavemente, e comecei a caminhar por aquele estacionamento, eu pude sentir os olhares sobre mim, e quando percebi o estacionamento todo estava olhando para mim, calma, aquela não olhou, agora olhou. Eu adorava atenção, metido? Talvez um pouco, mas o que eu posso fazer? Nasci assim e não vai ser hoje que vou mudar e elas gostam assim.

Alguns minutos passaram até que vi os carros do trio da alegria e quando me viram acenaram para me aproximar e fiz o que eles pediram. Estava com sono, preferia ter ficado em casa do que vir para cá, eu estava tão preguiçoso naquela manhã que se eu pudesse eu colocava uma cama na sala de aula e como as aulas são mega legais eu dormia lá mesmo.

– olha se não é o nosso badboy que deu as caras depois de uma semana.

– Não enche Blake, vai ouvir os teus The burning hotel vai. - Debochei.

– Como ousa dizer o nome de uma banda fodidamente foda com esse tom de voz? Você me envergonha cada dia mais Dan, vamos terminar, não quero respirar o mesmo ar de um cara que debochou dos T.B.H.

– Falou o cara que não sabe se decidi entre eles ou Human Tetris.

– O que eu posso fazer mano, se a guitarra e a voz do Arvid não saí da minha cabeça, o cara é foda.