-Foi escolha dele, e isso tá me matando.
-Lide com isso, logo logo ele volta a falar com você.
-Faz uma semana já, Izzie, tô muito mal.
-Eu sei que não é fácil.
-Sabe, Melanie veio para cá, e já tá estragando tudo. Katherine é meu pai vivem brigando, por conta disso, e ela parece gostar. E aí do nada Raul sai dá minha vida.
-Você tem o Shawn.
-Shawn não é igual o Raul. Ele é incrível mas não é o menino das mensagens.
-Vocês andam saindo?
-Não muito, ele é incrível demais, dá até medo de pensar que estou sendo iludida, pois aconteceu rápido demais.
-Vocês dormiram juntos?
-O que? Não, a gente sai às vezes com uns amigos.
-E se pegam no final.
-Sim.-Falo abaixando minha cabeça, batendo minha testa contra o teclado do computador.-Ai.
-Você é uma jumenta.-Conversava com Izzie por Skype, era sexta-feira, todas as sextas nós conversamos por horas, e horas.
-Melinda, a mamãe caiu na cozinha.-Emma aparece na porta do meu quarto, com os olhos arregalados.
-E daí?
-Ela não ta acordando, Linda, a mamãe não ta acordando.
-Mamãe.-Sofia aparece ao lado de Emma e começa a chorar.
-O que está acontecendo?-Izzie pergunta.
-Não sei, Izzie, já volto.-Falo me levantando.
-Hey, Emma conversa com a Izzie.-Aponto para o laptop, e Izzie acena para ela.-Apresente ela para Sofia, elas não se conhece aqui, eu vou lá ver o que a mamãe da Sofia tem.-Elas vão para minha cama, eu respiro fundo, deve ser nada de mais, eu espero.
Desço as escadas, calmamente, eu não queria ficar a sós com ela, desde que ela está aqui, o momento que ficamos tão perto é só nas refeições. Olho para a cozinha e vejo ela no chão, me aproximo, para ver se ela estava acordada.
-Melanie?-Dou dois tapinhas no seu rosto.-Acorda.-Vejo ela não se mover, checo seu pulso, para ver se ainda ela está viva, e está.-Droga, vamos Melanie acorde.-Começo a balançar, e vejo que isso fez ela acorda.
-Filha.-Diz com voz fraca.
-O que você fez?-Pergunto ajeitando ela no meu colo.
-Eu, eu estou indo.-Ela fala, abrindo a mão, e deixando um frasco de remédio cair.
-Você quer se matar?-Falo alterando a minha voz.-Você só veio para cá pra isso? Qual é seu problema?-Falo tentando manter a calma, isso não pode estar acontecendo.
-O que tenho a perder?-Ela diz sorrindo fraco.-Antes de eu ir, me chame de mamãe, como antes? Por favor.
-Não, não dá.-Falo fraca, um nó havia se formado na minha garganta.
-Por favor, eu estou indo.
-Você não vai para lugar nenhum.-Digo, ela não fala nada, seu olhar estava sobre mim.-Sabe, quando você foi embora, eu tinha esperança que no fim do dia você iria voltar, e contar uma história antes de eu ir dormir, e me dá um beijo na testa e dizer o quanto me ama.-Falo relembrando o passado.-Lembro perfeitamente do meu primeiro dia no jardim de infância, quando me deixou na sala, e disse para mim que eu poderia fazer amigos ali, é que tudo iria ficar bem.-A olho e vejo lágrimas escorrendo pelos seu olhos.-Eu quero te perdoar, eu quero, mas quando você foi embora, eu construí uma barreira, dá qual eu não consigo quebrar. Você é minha mãe, você me abandonou por sete anos, e agora volta, e simplesmente quer se matar? Não faça isso, por favor, podemos dar um jeito.
-Já é tarde, estou cansada.
-Não, você não está, vamos, você precisa vomitar.-Falo pegando a sua mão e levando até sua boca.-Vamos, você consegue.
-Não Melinda, eu não quero. Quero apenas que me chame de mamãe.-Ela dizia. Seu rosto já estava pálido, eu tinha que ser forte, mas aquilo também estava me matando.
-Ma...Ma, mamãe.-Falo caindo no choro.-Mãe, não faz isso, pelo amor de Deus, a gente pode tentar dá um jeito, por favor não dorme agora, eu vou ligar para emergência, não dorme.-Digo deitando sua cabeça no chão, e me levantando.-Nao dorme, por favor.-Sinto sua mão na minha perna.
-Não Melinda, não vai dá tempo fique aqui.
-Você só pode estar brincando comigo, você não vai morrer, você não vai morrer!-Grito, eu estava ficando desesperada ali, procuro o telefone pela bancada dá cozinha e nada, vou para sala, que estava cheio dos brinquedos de Emma e procuro por lá, e acho o telefone no sofá, volto para cozinha rapidamente me sento ao lado de Melanie, coloco sua cabeça no meu colo novamente.-Vamos, fique aqui.-Falo para ela que abria os olhos com dificuldades.-Emma e Sofia precisam de você.-Falo enquanto ligo para emergência.
-Emergência, o que deseja?
-Por favor.-Falo chorando na linha.-Minha, minha mãe, ela tá morrendo, eu preciso de ajuda, por favor.
-Senhora, preciso que fique calma, eu preciso do endereço, para que possa enviar uma ambulância para aí.-Falo o endereço, calma, por um instante.
-Por favor venham logo.-Falo, e desligo o telefone.-Mãe, hey, eles estão vindo, vai ficar tudo bem.
-Não vai, querida me perdoe.-Ela fala, e começa a chorar, fraco, mas chora.-Estou tão cansada.-Diz fechando os olhos lentamente.
-Não, não, acorda.-Falo, dando tapas no seu rosto.-Mãe, não mãe!-Começo a gritar desesperadamente, e balançar a mesma, e nada dela acorda.
-Linda, o que aconteceu?-Escuto a voz de Emma, olho para a porta dá cozinha ela e Sofia estavam ali parada olhando.
-Subam agora, por favor, eu vou levar a mamãe para cama, ela só está com sono, está tudo bem. Vão agora!-Elas me olham assustada e sobem, eu mal conseguia enxergar, eu não consigo parar de chorar.
-Melinda?-Escuto a voz do Shawn, e por um momento sinto um alívio enorme.
-Shawn.-Grito.-Me ajuda.-Falo e ele corre e minha direção.
-O que houve Melinda? K que aconteceu? Eu estou escutando os gritos lá de casa.
-Ela, ela tomou comprimidos, ela tentou se matar, Shawn, me ajuda.
-Já ligou para a emergência?
-Já, mas eles estão demorando.
-Calma Melinda, vai ficar tudo bem.-Ele fala sentando do meu lado, e me abraçando.
-Não, não vai.-Falo, chorando mais ainda, e sinto ele me aperta, e aquilo me doía tanto.
-Eu estou aqui, está tudo bem.
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•I Hate You • I Love You• |Shawn Mendes|
FanfictionDesconhecido: Send me nudes. Melinda: Quem é? Desconhecido: Me chame de Daddy. Melinda mal chega em Toronto e já é supreendida com mensagens de um número desconhecido, o que ela menos contava é que esse desconhecido estava mais perto do que pensava...