Quinn Fabray.

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"Esse é o problema de vocês, humanos, por uma eternidade buscam respostas para aquilo extraordinário. Quando as encontram, não as aceitam." — Rachel Berry, Ameno.


Capitulo 8 – Quinn Fabray


"Porque eu sou uma necromante."

Eu fiquei olhando para Kitty bem confusa. Ficamos alguns segundo nos olhando. "Mas que porra..?"

Ela suspirou e sentou ao meu lado. "Você vai me chamar doida, mas se você chamar um padre aqui, eu não poderei morar mais aqui. Não porque não quero, porque eu não vou consegui entrar."

"Por que não?"

Ela se levantou e pegou um papel com uma caneta. "Sabe aquela lenda de que vampiros só podem entrar na casa dos outros se forem convidados?"

"Sim..."

"Basicamente é mesma coisa com os necromantes, só que quando tem uma interferência religiosa, é como fechar totalmente as portas para nós."

"Nós?"

"Quinn, antigamente, nós, necromantes, éramos vistos como demônios, então, uma interferência religiosa iria nos banir do local, me banir daqui."

"Tem... um demônio aqui?"

Ela deu uma pausa e começou a rabiscar no papel. Ela desenhou duas pessoas, uma com o traço mais forte e outra mais leve. "Esse-", apontou para o desenho mais forte. "É o nosso mundo. O outro é algo como o plano dois."

"Eu não estou entendendo nada."

"Os necromantes conseguem interagir com esse segundo plano, tentando o que estão no plano dois não interagir com esse plano que estamos, o um. Mantendo a ordem dos planos até dar a hora deles."

"Deles? Quem está no segundo plano, Kitty?"

"Fantasmas."

"Meu Deus..."

"Tecnicamente, mortos. Pessoas que morreram e, por algum motivo, continuam na terra. Os necromantes, eu, somos os únicos que vemos eles. E, algumas vezes, eles estão furiosos e conseguem fazer isso-", aponta para o sofá. "-no plano que não é deles."

"Isso foi causado por um fantasma?"

"Sinto muito-"

"Não, chega. Isso é mentira.", disse me levantando.

"Esse é o problema de vocês, humanos, por uma eternidade buscam respostas para aquilo extraordinário. Quando as encontram, não as aceitam.", fiquei olhando para ela. "Eu irei passar a noite fora.", se levantou e pegou o controle da TV. "Se ainda não acredita em mim, tome isso como uma pequena prova."

E jogou o controle em cima da TV, que, por incrível que pareça, pairou no ar por uns dez segundos e depois caiu no chão, quando fui falar algo para Kitty, a porta já estava fechada e a sala vazia.

Olhei para toda sala, a ideia de que tinha alguém, alguém que já morreu, me dava um pouco de medo. Fui até meu quarto e joguei a palavra necromante no google. Eu sei que a referência é meio lixo, mas me senti a Bella quando procurou sobre vampiros.

Eu passei a noite inteira pesquisando e, uma parte de mim, queria acreditar em tudo que estava lendo. Mas a outra lutava bravamente que aquilo era total mentira.

Kitty não voltou no outro dia, e nem na noite seguinte. Eu estava jogada no chão lendo uma matéria sobre caso que envolviam necromantes quando algo me passou pela minha cabeça, algo bem estupido.

Ameno - FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora