Capítulo 23

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Pov. Thalia

Finalmente chegou o dia de ir para casa! Eu já aguentava mais a saudade do meu cantinho, o cheiro das flores vinda da sacada, a brisa leve e quase imperceptível que circulava em volta do apartamento e a minha privacidade! Lia estava com dois dias de nascida e eu estava ótima, podia me locomover normalmente e cuidar da minha filhinha com total dedicação.

Nico tá que não se aguenta de felicidade, pra ele foi muito mais difícil ficar de casa pro hospital quase que o dia todo, além de comer na rua e não ter a privacidade do nosso lar.

- Estão prontas garotas? - ele me pergunta todo sorridente dando, em seguida, um cheiro na cabeça pequenina de Lia. - Eu amo tanto vocês!

- Eu amo muito mais, agora vamos porque quero a minha casinha de volta.

Eu saio com Lia nos braços e Nico com as bolsas, Lia veste a roupinha que ganhou de Sally uma calça rosa com uma batinha branca e um manto nas mesmas cores. A semelhança com Nico as vezes me assustava, eram idênticos. Espero que quando ela cresça e desenvolva sua personalidade ela continue tão parecida com o pai ou estamos ferrados de ter mais alguém tão abusada quanto eu na família.

Chegamos no carro e me deu dó de ter que deixá-la no bebê conforto, adoraria sentir que a estou protegendo, mas leis são leis, então a deixei atrás presa ao cinto e tomei meu assento no banco do carona, ao lado do meu marido. Nico sorria em demasia eu já tava com medo de ele ficar com o maxilar dolorido e olha que ele nem é muito de ficar sorrindo por aí.

Tínhamos crescido tanto em tão pouco tempo, casamos ano passado, estamos perto de fazer um ano de casados, mas também tem o tempo de namoro, dois anos e agora depois de todo esse tempo formamos uma família de verdade. Nico era mais novo que eu alguns meses isso é fato, mas me surpreende o quanto ele é maduro e responsável. Nunca deixou a desejar em nada, sempre foi forte e sempre esteve ao meu lado. Todas as nossas dificuldades só nos fizeram mais forte e unidos.

Pegamos o elevador do prédio depois de Nico estacionar em nossa vaga e caminharmos a passos lentos com tanta bagagem, graças a Deus o porteiro veio nos ajudar e ficou todo bobo com Lia, a danada tinha uma doçura capaz de prender todos que a olhavam.

Nico abre a porta e eu me sinto finalmente em casa. Annabeth não está, provavelmente deu uma passada no escritório para trabalhar e depois ela sempre vai a academia então só a veríamos provavelmente a noite quando viesse visitar a Lia. Minha nossa falando em visita provavelmente Bianca e Luke viriam também, eu precisava organizar a casa e preparar algum aperitivos para comermos, foi só então que me dei contar de o quanto o apartamento estava limpo, organizado, cheiroso e decorado.

- Nicolas quem arrumou o apartamento?

- Eu ia chamar alguém pra limpar, mas Annabeth não deixou, ela disse que era o mínimo que podia fazer. Eu quis protestar, mas você sabe que ela não me perdoaria então fizemos o acordo de ela mesma limpar e organizar a casa e eu fazer a comida pra quando você chegar. - Ele me respondeu trazendo o berço móvel de Lia e a acomodando nele enquanto sentava-se ao meu lado no sofá e depositava beijos carinhosos ao longo do meu ombro, pescoço e rosto.

- Já falei que te amo hoje?

- Já, mas pode repetir eu não me canso de ouvir. - sorri com a resposta malandra dele e nos aconchegamos no sofá namorando um pouco enquanto Lia dormia ao nosso lado no berço.

Pov. Nico

Eu tava muito feliz de estar em casa novamente com a minha mulher e agora nossa filhotinha linda, era realização de um sonho. Nossa casa, nossa bagunça, nossa família. Thalia havia me dado o presente mais importante de todos e eu a amava ainda mais por isso.

O Haras da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora