Capítulo 31

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Pov. Octavian Agustos

O barulho das viaturas podia ser ouvido desde muito longe, eu estava em casa com meu empresário bebendo o quinto drink de whisky quando ouvi as batidas na porta. Levantei torcendo o lábio, dispensei a governanta e caminhei até a porta da frente abrindo-a em seguida. Uma dupla de agentes federais estava diante de três carros da polícia sinalizavam do lado de fora do meu jardim.
– Bom dia. Temos um mandado de prisão no nome de Octavian Augustos. Iremos levá-lo sem algemas caso não haja resistência.
– Prisão? Eu? – Sinto minha garganta arder ao gargalhar na cara dos agentes. – Eu não vou preso! Sob que acusação?
– Formação de quadrilha e atentado criminoso contra a vida de inocentes.
– Isso é ridículo, eu não fiz isso! Olha pra mim. – grito sentindo o efeito do álcool no meu corpo – Eu não posso ser preso! Eu posso dar dinheiro e vocês esquecem essa história.
– Senhor, você acaba de receber mais uma acusação, suborno também é crime. – O moreno diz e pega um par de algemas no cinto e se aproxima de mim.
– Não, vocês não podem fazer isso! Mark! – Grito em desespero pelo meu empresário, mas vejo o outro policial, o careca, entrar apressado dentro da minha casa.
Minutos depois eu e Mark estamos sendo levados detidos ao Departamento de Investigação. O chefe do departamento nos interrogou numa sala reservada e eu rosnei de ódio ao ouvir que a queixa foi aberta por Poseidon e Nico, aquele desgraçado do Nico, eu nunca iria perdoá-lo por não aceitar entrar no meu time como veterinário.
– Octavian se você confessar sua pena pode ser reduzida, você é réu primário e tem alguns benefícios por ser pós-graduado. – O homem de meia idade insistiu.
– Nunca! Não há o que confessar! – Sinto meu corpo tremer e só então percebo que lágrimas pesadas escorrem pelo rosto chegando ao meu pescoço. – Eu fiz o que era necessário! O haras do meu pai nunca foi tão reconhecido quanto o daquele velhote do Poseidon e Percy não deveria receber todas as honras! Não há o que confessar eu sou merecedor, eu venho de uma família nobre, sou rico desde o berço, não admito ser vencido por aqueles idiotas! – Vocifero chutando a cadeira onde antes estava sentado e um outro policial tenta me segurar.
– Não adianta ficar tão nervoso, nós poderíamos conver... – Interrompo o chefe do departamento cuspindo na direção do rosto dele, porém tudo que sinto é uma ardência no meu rosto e um peso girando meu pescoço a força.
O desgraçado havia me dado um tapa no rosto e me mandou direto pra uma cela comum. O julgamento aconteceu sem a minha presença devido ao meu comportamento e eu fiquei sabendo pelo meu advogado que eu fui condenado a cinco anos de prisão, em regime fechado, sem direito a fiança e perdi o direito de praticar hipismo profissionalmente, meu haras estava interditado assim como todos os meus bens estavam sob os cuidados da justiça.
Eu odiaria Percy, Poseidon e Nico até o fim da minha vida.

Pov. Percy Jackson


Estávamos numa daquelas reuniões mega chatas, mas necessárias. Ainda bem que Nico veio me acompanhando ele era bem melhor que eu nessas coisas. Haviam tantas pessoas, tantas câmeras, flash e ternos que eu já estava me sentindo tentado a voltar para a tranquilidade do hospital.
Apenas uma pessoa me prendia ali, além do resultado da reunião claro, Malcon O'Connell. O loiro misterioso chegou com o irmão há exatos dez minutos e eu não parava de encará-lo. Algo nele me empertigou e eu queria muito me livrar dessa sensação.
– Pare de encarar! – Nico resmungou virando na minha direção. O moreno de pele pálida estava bem bonito nesse terno preto.
– Preciso falar com ele, preciso resolver algumas pendências. – Devolvi no mesmo tom baixo.
– Não vá se apaixonar, eu sei que ele se assemelha a Annabeth, mas não é para tanto! – Nico brinca sorrindo de lado e eu rio surpreso por vê-lo me provocar como quando éramos crianças.
– Cala a boca seu idiota. – Dou um leve empurrão nele e volto a olhar para frente.
Observo Malcolm conversar algo com o irmão e se levantar da cadeira saindo da sala, essa é a minha deixa.
– Vou resolver isso, não podemos nos odiar. – Digo para Nico, ele assente e volta a prestar atenção na reunião.

O Haras da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora