Capítulo 30

160 8 0
                                    

Pov. Annabeth Chase

Desde a primeira vez que eu falei com Malcolm não consigo tirá-lo da cabeça, fico pensando em todos os anos que passamos separados e em tudo que perdemos ao longo de todos esses anos. Tantos aniversários eu chorei pensando na minha família e em como eu me sentia sozinha na infância, depois na adolescência e fase adulta me pegava pensando em como era chato ser sozinha, sem irmãos, até que conheci Thalia e desde lá nos tornamos inseparáveis. Foi a primeira vez que eu senti que tinha alguém no mundo.

Acordei naquela manhã com a certeza de que eu não perderia meu irmão de vista, fiz a minha higiene às pressas, meu coração batia acelerado em expectativa ao que eu pretendia fazer.

Vesti uma roupa básica peguei minha bolsa e sai porta afora, mas não sem antes deixar um bilhete para Thalia avisando que estaria fora por algumas horas.

Durante o trajeto até o hospital me vi divagando sobre como eu contaria para Percy, como contaria tudo para Percy. Sobre como seria contar sobre Malcolm para ele e toda a família Jackson e Di Ângelo. Meu estômago revirava de nervosismo só de pensar em como seria a reação de todos.

Percy, como será que ele vai reagir a todas as novidades. Um bebê – sorri comigo mesma –, será que Percy gostaria da novidade? Pensando em como ele se dá bem com Lia e cuida de Tyson eu acho que ele vai ficar feliz. Eu tenho certeza que Sally, Poseidon, Tyson, Thalia e Nico vão gostar.

O dia tá bonito, parece que até o universo estava conspirando ao que eu pretendia fazer. Finalmente vi o hospital e entrei no estacionamento procurando qualquer vaga.

O hall estava quase vazio o que de certa forma me deixava feliz, pois significava que haviam poucas pessoas doentes ou internadas.

– Bom dia, eu estou procurando Malcolm O'Connell. – Digo pra a recepcionista no balcão da recepção.

– Bom dia. – Ela sorri e mexe no computador por alguns segundos. – Bem, Malcon O'Connell recebeu Alta esta manhã, você pode ir visitá-lo. Aqui está o cartão de visitas. – Ela sorrir simpática e me entrega o crachá.

– Obrigada. – Devolvo o sorriso pegando o crachá e saio em direção ao elevador.

A música clássica que tocava no elevador me acalmou um pouco, a sinfonia de Beethoven soava nos meus ouvidos trazendo paz. As portas se abriram num ronronar familiar e eu saltei para fora caminhando no corredor super iluminado do hospital.

Paro diante da porta do quarto do meu – engulo seco ainda me acostumando com a ideia – irmão e bato. Escuto a frase de autorização soando baixo e abri a porta dando de cara com Malcolm e Damon.

– Oi, bom dia! – Saúdo envergonhada.

– Bom dia! Agora que você chegou, vou deixá-los a sós enquanto assino os documentos da Alta e preparo o carro. – Damon diz se encaminhando até a porta e antes de sair se vira e olha para nós. – Se cuidem e conversem. – Ele pisca para Malcolm e sorri para mim.

Olho para o chão envergonhada e Malcom solta uma risada.

– Não liga pra ele, Damon adora ser constrangedor. – Malcom, que está vestido em roupas casuais sorri e senta na cama. – Fique à vontade Annabeth, sente-se. – Não precisa ficar tão envergonhada Annabeth! – Ele fala bem mais leve e senta-se ao meu lado no sofá.

– Damon é um cara legal, assim como você. – Encaro os olhos iguais aos meus e nós sorrimos cúmplices. – Vim aqui te ver, conversar e fazer um convite.

– Wow! – Ele brinca. – Fico feliz que tenha vindo me ver e conversar e fazer um convite. – Ele ri novamente e percebo o quanto ele é brincalhão, divertido e animado. Vai se dá muito bem com Percy.

O Haras da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora