Perambulo no Beco dos Tormentos

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Perambulo no beco dos tormentos,
Buscando o caminho dos sossegados,
Bebendo do vinho dos desprezados,
Embreagando-me com fúteis lamentos.

A água ardente é quem cura ferimentos,
Adquiridos com a pura sobriedade.
Seu poder ilusório mata a vontade
Que afogava um coração sedento.

No apogeu desse estado peregrino
Pasmo com bucolismo atávico.
Ando parado cantando tal hino.

Há lágrima vinda do bem trágico.
Meneia-me, quando mesmo, eu, felino.
Arqueando-me, fim, bem vindo destino.

Sonetos Só SonetosOnde histórias criam vida. Descubra agora