Capítulo 33

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EVELYN

Minha mãe se aproxima da cama onde estou deitada e sorri docemente

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Minha mãe se aproxima da cama onde estou deitada e sorri docemente.

Sei muito bem o que ela quer falar comigo, ou melhor, sobre a pessoa que ela quer falar comigo. Para ela parece ser fácil perdoar alguém, mas para mim não é tão fácil assim. Ainda mais perdoar alguém que me fez muito mal. Não sou uma pessoa rancorosa ou algo do tipo, só que é complicado perdoar e voltar para alguém que te usou.
Ela já me aconselhou muito, porém eu a ignorei. Ela sabe muito bem que o Wesley está tentando uma reaproximação comigo desde que ele apareceu em Londres de surpresa.

Confesso que hoje ele ganhou um pontinho a mais comigo quando cuidou de mim mesmo que eu tenho o tratado muito mal. Porém não é isso que vai me fazer esquecer de tudo que passei nas mãos dele, ele brincou comigo como se eu fosse um fantoche nas mãos dele. E eu não sou um simples fantoche, sou um ser humano com as minhas próprias vontades e livre arbítrio.
Na minha opinião um homem não pode simplesmente engravidar uma mulher sem o consentimento dela e depois querer tomar a criança dela. Isso é totalmente errado e fora do comum.

Mas mesmo depois de tudo eu ainda o amo muito. Até tentei sentir algo a mais pelo Ben, mas não consigo, eu o vejo como um irmão, e não como alguém que eu possa ter um relacionamento amoroso. As vezes eu me odeio por amar alguém como o Wesley, porém todos nós sabemos que não podemos mandar no coração, ou escolher por quem vamos nos apaixonar.

Em nenhum momento eu pensei que ele iria gostar tanto assim das filhas, mas a forma carinhosa com que ele olha para a minha barriga, o toque suave dele me convenseram de que ele ama muito as duas. Ele será um bom pai para elas, tenho certeza disso.

Passo a mão pela minha barriga e sorrio boba.

— Você o ama? — Ouço a voz suave e doce da minha mãe.

Ergo o meu olhar para ela.

— Infelizmente sim mamãe. — Dou um sorriso triste. — Não queria, mas eu o amo. É algo que não posso controlar.

Ela se senta na beirada da cama e pega na minha mão.

— Então por que não perdoa ele? Todos nós erramos minha filha.

— Não é tão simples.

— Claro que é minha filha. As vezes a gente complica muito a vida, e quando alcançamos uma certa idade percebemos que não era necessário ter complicado tanto algumas coisas que na verdade são bem simples.

— Como voltar para ele e esquecer de tudo? — Pergunto.

— E do que adianta ficar longe dele sofrendo Evelyn? — Ela responde a minha pergunta com outra pergunta. — Vocês dois estão sofrendo. Olhe para ele minha filha, está acabado internamente e externamente. E você sabe que também está assim.

— Não consigo perdoá-lo.

— Claro que consegue. Basta querer.

— Mãe ele me usou. — Me  levanto da cama nervosa com ela. — Não quero falar sobre isso agora. Por favor.

Você Não Soube Me Conquistar (Completo até 15/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora