Capítulo 28

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WESLEY

Observo de longe a Evelyn sair de uma clínica acompanhada do maldito Benjamin. Depois de um mês essa é a primeira vez que eu à vejo. Até porque o incompetente do investigador só conseguiu encontrá-la há exatamente uma semana.

  Espero ela se virar e vejo o quanto a barriga dela já está visível, até mais do que eu imaginava que estaria, pela minhas contas ela deve estar com quase quatro meses de gestação ou já está com quatro meses. A barriga redonda a deixou incrivelmente linda, os cabelos castanhos escuros quase pretos então soltos e com grandes cachos nas pontas. Porém o seu semblante está um pouco cansado, mas o que me deixa mais irritado é saber que quem está ao lado dela é o Benjamin, e não eu que sou o pai da criança. Penso em me aproximar deles, mas simplesmente não tenho coragem, ela pode muito bem sumir novamente com a ajuda do maldito Benjamin para longe de mim.

Olho ela entrar com ele no carro e sinto o meu sangue ferver de pura raiva.

Não vou segui-los, pois não iria suportar ver os dois juntos como um casal de namorados bobamente apaixonados. Só espero que ele não esteja falando que o meu filho é filho dele para todos.

  Meus pais não falaram mais comigo, minha mãe até me mandou uma mensagem, mas o meu pai não. Ele é um homem muito correto e me acha como uma decepção para a família. A minha amizade com o Dominic não está tão boa quanto antes. A todo minuto ele joga na minha cara o que eu fiz com a Evelyn. Já a esposa do meu melhor amigo fala somente o necessário comigo, eu até a entendo, pois ela é a melhor amiga da Evelyn.

A minha empresa está um pouco de lado, porque eu estive empenhado em achar a Evelyn. Não quero que o meu filho não tenha um pai, por isso tive muito empenho. Ainda não sei o que farei quando a criança nascer, pois não posso deixar que o Benjamin cuide, e a Evelyn não tem condições para isso. Mas confesso que já não tenho tanta certeza sobre tirar ou não a criança dela, ultimamente a minha consciência vem martelando muito esse assunto. E também não quero que ela sofra mais, ou que me odeie mais, pois tenho plena certeza que nesse momento ela deve me odiar com todas as forças.

                                   ♥

Espero o Benjamin sair de dentro da casa e caminho até o grande portão. Escoro no murro e coloco as mãos no bolso da calça que estou usando.

Depois de vinte e cinco minutos a ela sai do portão sorrindo.

Ela coloca as chaves dentro da bolsa e veste um suéter rosa claro. Ela está linda com uma calça jeans e uma blusa azul clara bem discreta. Os cabelos estão em uma trança de lado e no rosto não possui maquiagem alguma. Quando ela me vê o seu rosto ganha uma palidez e rapidamente coloca a mão na barriga em um ato de proteção ao bebê.

— Evelyn. — Tento me aproximar mas ela dá dois passos para trás se distanciando.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunta me olhando com uma expressão enfurecida. — Te fiz uma pergunta seu imbecil. — Grita.

— Se acalme. O nosso filho. — Digo sem saber o que fazer ao ver que ela está bastante nervosa comigo.

Ela dá uma risada amarga.

— Não me venha com isso, você não tem filho algum. Me deixe em paz. — Ela tenta dar um passo para frente mas eu seguro o braço dela.

Um carro para na nossa frente e o Benjamin sai do carro vindo até nos. Solto o braço da Evelyn e ele a puxa rapidamente para perto dele.

— Solta ela. — Rosno.

— Saia daqui Wesley. Não quero ter que chamar a polícia para te tirar daqui, a Evelyn não pode ficar nervosa. — Diz calmo pegando na mão da Evelyn que ainda está me olhando com raiva. — Não vamos resolver nada fazendo barraco em frente a minha casa. Você sabe muito bem o que fez, não é nenhum adolescente inconsequente e sabe que tudo tem a sua inconsequência.

Você Não Soube Me Conquistar (Completo até 15/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora