Capítulo 18

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EVELYN

Depois de uma semana ignorando o Wesley ele deixou de me importunar, mas claro que dói mais em mim do que nele. Todos os dias ele sai com uma mulher diferente do escritório, o pior é que ele não é nada discreto e faz questão de jogar na minha cara que está com uma mulher bonita. Quando ele faz isso eu ignoro, mas quando ele está longe eu não consigo conter as minhas lágrimas de raiva.
Se arrependimento matasse eu já estava morta, eu não poderia ter ido na maldita viagem com ele.

Em casa está um pouco difícil, já que eu tento esconder a minha tristeza, mas a minha mãe sempre percebe e tenta me alegrar. Tenho falado com o Benjamin todos os dias. Ele tem muita paciência e sempre me escuta em tudo.
Eu também venho falando com a minha amiga, a Sophia, ela é simplesmente a melhor pessoa para dar concelhos. Ela ela me entende em todos os sentidos e me prometeu que não iria contar nada para o marido, que por ironia do destino é amigo do canalha, safado, vagabundo inútil do Wesley.

A tal Carina ontem apareceu aqui e fez o maior escândalo chamando a atenção de todos na empresa, e como o Wesley não é uma pessoa muito paciente mandou os seguranças retirá-la. Eu fiquei com dó dela, mesmo que ela já tenha me provocado, ela se humilhou muito. Acho que é um dom — ou maldição — que ele tem é fazer as mulheres se humilharem para ele.

Atravesso as portas de entrada da empresa e ajusto a minha bolsa no meu ombro. Sinto uma mão segurar no meu braço gentilmente me fazendo parar se andar imediatamente. Me viro o vejo o Benjamin vestindo uma camisa social preta com uma calça jeans azul e um sapato de camurça marrom.
Me jogo nos braços dele em um abraço apertado e ele segura na minha cintura retribuindo o abraço.

— Meu Deus! — Coloco a mão na boca não acreditando. — O que você está fazendo aqui? — Pergunto sorrindo.

Ele passa a mão no cabelo e sorri.

— Primeiramente eu vim te ver Evelyn, e depois porque eu tenho que resolver algumas coisas sobre meus negócios aqui em Nova York. — Diz colocando as mãos no bolso da calça dando um charme bastante especial para ele.

— Ainda não estou conseguindo acreditar. — Sorrio.

— Pode acreditar. — Ele coloca a mão nas minhas costas me guiando até uma Mercedes Benz branca. — Você aceita jantar comigo hoje?

— Aceito. — Respondo animada, afinal eu preciso me distrair um pouco de esquecer o imbecil do Wesley.

— Onde você mora? — Pergunta abrindo a porta do carro para mim.

— Você vai me levar em casa? — Pergunto arqueando uma sobrancelha e entrando dentro do carro.

— Sim. — Ele diz fechando a porta.

Coloco o cinto de segurança com um sorriso bobo nos lábios e acomodo a minha bolsa nas minhas coxas. A presença dele me faz bem, mas não se enganem, eu não tenho interesse amoroso nele. Eu vejo ele como uma pessoa maravilhosa, um amigo, e nada mais que isso. Ele é um homem bonito, tem um bom caráter mas eu não estou disposta a abrir meu coração novamente. Pelo menos não por agora.
Quero da paz para o meu coração, dar um tempo para as coisas acalmarem.

Ele ocupa o banco do motorista e coloca o cinto de segurança.

Coloco o meu endereço no GPS do carro e ele liga o carro saindo da porta da empresa do Wesley.

Fomos o trajeto todo até a minha casa conversando sobre negócios, descobri que ele tem muitos tipos de negócios, ele tem restaurantes, hotéis, empresas. E mesmo assim consegue ser uma pessoa bastante humilde. Claro que só de olhar para ele percebe-se que ele é um homem que tem bastante dinheiro, já que ele sempre está bem vestido e em carros luxuosos.

Você Não Soube Me Conquistar (Completo até 15/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora