Goodbye

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"Eu sempre soube que a felicidade não durava muito, mas só algumas horas?

Isso foi cruel.

E por mais que eu saiba que aquela mulher estava querendo apenas me afastar de Camila para estar com ela, não posso deixar de concordar com tudo o que ela disse.

Eu tenho um transtorno que não me permite estar sempre no mundo real, mas não quer dizer que eu seja burra.

Pelo contrário, eu sou observadora.

E qualquer um a nossa volta pode dizer isso... Camila e eu somos pólos opostos.

Ela é uma médica muito bem sucedida no que faz, tem uma vida inteira de vitórias pela frente... Precisa de alguém a sua altura, que possa lhe retribuir absolutamente tudo.

Eu não sou essa pessoa.

Minha vida é imprevisível... Em um dia eu posso estar bem e no outro posso estar horrível, depressiva. E as crises então? São péssimas!

Jamais me perdoaria se um dia machucasse Camila.

Muito menos se priva-la de ter uma vida normal para ficar perdendo o seu tempo cuidando de mim, de alguém que não pode se curar. Alguém que não tem um futuro concreto e muito menos expectativas de vida.

Ela foi a minha canção de ninar contra os pesadelos a cada dia. Me salvou de um caminho sem fim. E agora é a minha vez de salva-la... De salva-la de mim.

Eu a amo tanto que dói como uma facada no peito.

E por ama-la tanto, eu tenho que deixa-la ir.

Camz, se estiver lendo isso...

Eu não posso esconder o que veio.

Tenho que ir e deixa-la sozinha.

Mas sempre saiba...

Sempre saiba que eu te amo tanto.

Eu te amo tanto.

Adeus, olhos castanhos.

Adeus, por ora.

Adeus, raio de sol.

Se cuide.

Tenho que ir e deixa-la sozinha.

Mas sempre saiba...

Sempre saiba que eu te amo tanto.

Eu te amo tanto!

Adeus, canção de ninar.

Adeus, olhos castanhos.

Adeus, meu amor..."

Goodbye LullabyOnde histórias criam vida. Descubra agora