Sakura acabou adormecendo dentro do meu carro e em meio a sua febre chamava por sua mãe, tão pequena, frágil e cabeça de vento, teu maior defeito talvez seja a tua perfeição, ao chegar no hospital peguei Sakura no colo e a levei para uma sala onde uma velha médica chamada Chyo a examinou.
- Vá na recepção e peça para fazer a ficha dela, você é o que dessa moça rapaz?
- Namorado, sou namorado dela. - O que eu estou dizendo? -
- Deveria cuidar melhor dela, essa febre altíssima é por conta do tempo que ela passou na chuva, pode acabar evoluindo para uma pneumonia. Depois que fizer a ficha venha aqui e eu vou lhe explicar melhor, onde estão os pais dessa garota?
- Mortos..
- Eu nã...
- Está tudo bem. - Sai da sala e segui para a recepção que ficava no começo do hospital, havia uma técnica de costas para o balcão a chamei. - Com licença, é aqui onde faz ficha de paciente.
- Não está vendo que eu esto... - Ela se virou para mim. - Itachi-kun.
- Karin?
- Sim Ita-kun... Senti saudades de você. - Disse ela enquanto passava a mão no meu peito. -
- Isso não vem ao caso, preciso que faça uma ficha.
- Faço tudo que você quiser Ita-kun, se quiser posso até te examinar. - Falava toda manhosa. - O que está sentindo?
- A ficha não é para mim.
- E pra quem é?
- Para minha amiga.
- Não gostei. - Ela bufou. -
- Você não tem que gostar de nada.
- Nome, idade e sintomas por favor.
- Haruno Sakura, 16, febre alta.
- Aqui está. - Disse ela praticamente jogando a ficha em mim, peguei a ficha e retornei para a sala. -
- Ainda bem que já voltou, ela não parava de chamar por você.
- Ela está acordada? - Perguntei enquanto entregava a ficha. -
- Ainda está dormindo, mas como a febre não baixa ela fica delirando, vai ter que ficar aqui até amanhecer, precisa cuidar muito bem dela, não pode deixar ela ficar na chuva ou ficar por muito tempo em lugares frios ou poderá ficar com pneumonia.
- Sim senhora. - Por que eu falei que eu era o namorado dela? Por que ela me chamou? Tive que roubar sua desculpa Romeo... Eu quero ficar com ela.-
- Vou deixar vocês a sós, já dei o remédio para ela, qualquer problema é só me bipar apertando o botão nesse controle.
- Obrigado.
Tenho medo que tudo acabe dando errado, não tenho certeza... Será esse nosso destino?Preciso acreditar nisso, no final esses pensamentos se tornaram chatos... Passei minhas mãos em seus lindos cabelos róseos, parecia um anjo sobre a cama. Me levantei e fui até a cafeteria do hospital, estava completamente vazia, não havia me dado por conta que o hospital se torna mais sombrio e bizarro de noite, ouvi passos vindo em minha direção, era Karin rebolando como uma dançarina de cabaré.
- Ita-kun, vamos nos divertir como antigamente..?
- Eu não quero nada com você Karin. - Ela se aproximou de mim ficando peito a peito comigo e colocando minhas mãos em sua cintura. -
- Eu sei que você está com saudades disso.
- Karin, você está fora de si, estamos no hospital. - Tirei minhas mãos da cintura dela e a afastei de perto de mim. -
- Não faz assim Ita-kun. - Ela começou a Desabotoar seu mini vestido branco. -
- Karin, pare por favor, isso é baixo e ridículo.
- Ainda moro no mesmo lugar gatinho. - Ela mordeu os lábios e soltou um beijo para mim e saiu rebolando, peguei meu café e voltei para o quarto, Sakura ainda dormia calmamente, me sentei na poltrona ao seu lado e acabei adormecendo na mesma. As horas realmente se passam rápido quando não se espera pelo futuro, o dia já raiava quando senti alguém me acordar. -
- Itachi? - Disse ela balançando meu ombro. -
- Hum..?
- Você baba enquanto dorme.
- Era só isso o que tinha a me falar?
- Onde eu estou?
- Eu acho que isso aqui é um hospital, não tenho muita certeza sabe. - Disse brincando. -
- Eu não estava na sua casa?
- Ontem de madrugada você me chamou, estava se queimando em febre e eu te trouxe para cá. - A porta se abre e entra uma ruiva. -
- Sakira?
- É Sakura.
- Tanto faz, vim só ver se a febre dela baixou.
- Então faça logo. - Karin parece que faz de propósito, ficou na minha frente empinou sua bunda, estava com um micro vestido branco de enfermeira, sim, ela estava a um dedo de mostrar sua calcinha.-
- É, sua febre já passou. - Disse ela se afastando para trás, acabou se enganchando em um fio e caindo sentada em meu colo. - Ai!
- Karin, já pode se levantar. - Ela estava a centímetros do meu rosto. -
- Adeus Ita-kun. - Disse ela passando a mão em meu rosto e depois se retirando da sala.-
- Ela esqueceu a bunda bem ali perto da porta com todo esse rebolado.
- Ela é impossível.
- Senti um clima no ar ou foi só impressão minha?
- Apenas impressão.
- Sei... - A porta do quarto se abre. -
- Bem rapaz, já pode levar sua namorada para casa.
- Como?
- Obrigado Chyo-sama.
- Eu disse que você está de alta mocinha.
- Aah...
- Vamos? - Segurei em seu braço e a mesma me encarou. -
- Posso andar sozinha sabia?
- Da ultima vez que tentou andar sozinha você caiu e eu tive que te levar a enfermaria. - Disse eu enquanto ria. -
- Aquilo foi diferente, e como assim sua namorada?
- O que? Acha que tenho cara de ser seu tio?.
- Tem cara de ser aqueles velhos tarados de elevador isso sim. - Risos -
- Está bom senhora "Eu posso me cuidar sozinha". - Imitei a voz dela e acabei ganhando um Chopp em minha cabeça. -
- Baka, isso é para você aprender.
Bem, na viagem de volta para casa rimos muito e conversamos sobre tudo, levei-a pra sua casa para que pudesse pegar algumas roupas, eu não a deixaria ficar só naquela casa, ela não seria responsável por ela mesma, a casa permanecia limpa, ela passou seus dedos sobre o piano tocando uma breve parte de fur Elise, subiu ao seu quarto, mas logo retornou com algumas bolsas, o resto da viagem foi tranquila, mas silenciosa, ela olhava profundamente pela janela do carro, como se estivesse perdida.
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500 Dias Com Ela
Roman d'amourNormalmente uma história começaria com "Era uma vez..." mas essa é diferente, fui encarregada de lhes contar a história de um amor quase que improvável, duas famílias distintas no mesmo ramo de Importação... Todos os Direitos Reservados ao Masashi...