Capítulo 2 - Neko Bagunceiro

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Acordei com uma coisa peluda roçando o meu pescoço de um lado para o outro. Virei meu corpo para o outro lado ainda de olhos fechados e voltei a dormir. Mas de repente, aquela coisa peluda pulou em cima de mim, e num ato totalmente impensado, e assustada, joguei meu braço com toda a força naquilo que havia se jogado em cima de mim. Eu só pude escutar o miado estrangulado de um gato, me fazendo abrir meus olhos rapidamente com meu coração quase saindo pela boca. E ali, jogado no chão, ao lado da minha cômoda, o gato que eu havia trazido para a casa no dia anterior estava estatelado no chão.

— Ai meu Deus! — Meu grito ecoou por todo o quarto enquanto levantava da cama e corria até o gato que tentava inutilmente se levantar depois da pancada que recebeu.

Agachei-me a sua frente e tentei pegar ele, mas ele grunhiu, jogando seu corpo para trás para se afastar de mim. Seus olhos redondos e negros me fitavam assustados e medrosos.

— Me desculpa, me desculpa. - Eu pedia desesperada por imaginar ter quebrado algum osso do coitado. - Eu não fiz por mal.

Levei minha mão mais uma vez até ele e o peguei, sentindo suas unhas afiadas arranhando meu braço.

Ai, você é mal, sabia? - Questionei, olhando para aquela cara peluda que parecia zangada.

Ergui meu corpo para cima e sentei-me na cama com ele no meu colo, ele estava tentando sair dos meus braços.

— Ei, calma!

Miau.

— Eu não vou machucar você, fique quieto. - Eu resmungava como se o gato pudesse me entender.

Também eu ficaria receosa comigo mesma se levasse aquela pancada.

Mas eu não fiz por mal!

Com muito custo o gato finalmente ficou quieto e pude ver se ele não havia fraturado nada. Soltei um suspiro aliviado por ver que ele estava bem, e que só foi um pequeno susto mesmo.

— Desculpe, gatinho. - Disse enquanto passava minha mão por todo o seu pelo macio. Ele lambia sua pata enfaixada, nem me dava ideia.

Percebi o sol entrando pelas minhas cortinas claras, e só aí percebi que havia amanhecido. Ergui meu corpo para o lado e peguei meu celular que estava debaixo do meu travesseiro e quase tive uma síncope quando vi às horas. Eu estava completamente atrasada para a faculdade.

— Puta que pariu! - Gritei enquanto me levantava de uma vez da cama, esquecendo-me do gato que estava no meu colo, fazendo-o cair novamente no chão.

Seu grunhido soou por todo o quarto, arregalei os olhos quando percebi o que eu tinha feito com o gato.

— Desculpe, gatinho - me agachei novamente até ele, mas o gato se afastou de mim, mancando numa pata e indo para longe.

Mas eu não pude dar tanta atenção agora, pois iria me atrasar para a faculdade.

Corri até meu guarda-roupa, peguei minha lingerie e saí do quarto, entrando no banheiro que ficava no corredor. Tomei um banho rápido, fiz minha higiene matinal e saí do banheiro só com a calcinha e o sutiã amarelo e a toalha enrolada na cabeça.

Entrei no quarto correndo e num ato, bati meu mindinho no canto da porta, e quase caí no chão por causa da dor maldita que aquilo me causou.

— Filho da mãe... - reclamei chorosa pulando num pé só até o guarda-roupas, procurando algo para vestir.

Maldito mindinho.

Peguei um jeans claro e uma blusa azul-bebê com botões na frente e de manguinhas, joguei em cima da cama. Tirei a toalha que estava no meu cabelo, e de repente senti algo estranho. Era como se eu estivesse sendo observada.

Meu Neko SasukeOnde histórias criam vida. Descubra agora