Domingo, o único dia da semana que eu geralmente tenho para descansar de tudo, trabalho, faculdade, problemas financeiros, tudo. Era a minha tão sonhada folga que eu tinha o prazer de gastá-la deitada na minha cama e embernando o dia inteiro. E era para eu está fazendo isso, sentindo a maciez do meu colchão, o aconchego dos meus lençóis quentinhos, e dormindo como se a minha vida fosse um mar de rosas, mas não, eu não tenho esse privilégio.
Eu estava de pé desde às sete horas da madrugada trabalhando como uma escrava Isaura, arrumando o meu cubículo de apartamento para causar uma boa impressão para o amigo do meu gato... quer dizer, o homem que habita o corpo de um gato.
Era muita doideira aquela situação, acho que se alguém me dissesse que um gato podia se transformar em homem, eu iria rir da cara dessa pessoa e mandá-la parar de usar drogas e tomar tarja preta, por que tipo, era muito surreal. A ficha não havia caído completamente, eu estava processando tudo o que havia acontecido desde que o meu coração de manteiga falou mais alto e me fez trazer aquele gato de rua para casa. O gato era um homem amaldiçoado a não sei quantos anos, e que precisava de ajuda, a minha ajuda. Fazer o que, se eu sou um ímã para atrair coisas bizarras!?
E pensar que eu havia contado os meus segredos íntimos para ele. Cara, ele deveria pensar que eu era uma desesperada por homem, depois do relato que eu fiz dele mesmo quando o encontrei na forma de homem.
E que homem!
Posso dizer que sonhei a noite toda com ele, das cenas que haviam acontecido ontem. No meu sonho, eu me joguei nos braços dele e saí pelo prédio, esfregando para todo mundo que eu havia conseguido um namorado e que era filho de imperador. Ostentei muito, principalmente quando chuvas de pétalas de rosas vermelhas - que saía de não sei onde - caíam em cima da gente, e de repente, nós estávamos na igreja nos casando.
Detalhe, só acordei quando caí da cama ao som do despertador que havia colocado no dia anterior para que eu pudesse acordar cedo para arrumar as coisas.
Terminei de passar o pano na casa e observei Garibaldo... quer dizer, Sasuke, na forma de gato dormindo todo encolhido em cima do sofá como se a vida fosse linda e bela, enquanto eu me lascava na casa. Ele bem que poderia me dar uma ajudinha de vez em quando em arrumar as coisas, já que agora morava comigo.
Gente, eu estava morando com um homem... bom, não exatamente um homem, um homem-gato. Mas mesmo assim não deixa de ser um pouco constrangedor, pois mesmo sabendo que ele era o meu gato, eu não conseguia me sentir a vontade com ele mais. Meu lindo o fofinho gatinho era um homão da porra de fazer qualquer mulher abrir as pernas. E eu fazia parte dessa lista.
Pare com isso, Sakura, deixe de ser safada. Você é uma moça de família, mocinha e donzela. Pare de fogo na piriquita. Repreendi-me internamente, balançando a cabeça para os lados, afastando aqueles pensamentos pervertidos. Desde quando eu comecei a ser tão tarada? Acho que a falta de um namorado está me deixando maluca.
Fui para a cozinha e lavei aquele louceiro na pia, eu tinha que ser um pouco mais organizada. Depois de lavar tudo, secar e guardar, a campainha tocou. Deveria ser o tal Kakashi, já que eu tinha avisado o porteiro para deixá-lo subir quando chegasse.
Saí da cozinha, observando minhas roupas velhas de casa. Droga, eu havia esquecido de me arrumar, eu estava parecendo uma mendiga.
- Já vai! - Gritei para a pessoa escutar e corri para o meu quarto. Abri as gavetas com violência e acidentalmente arranquei uma da cômoda, que caiu no chão, acertando o meu pé. - MERDA!
Dei um salto para trás, mancando enquanto sentia a dor dilacerando o meu pezinho, as lágrimas começavam a escorrer nos meus olhos.
Tudo para pobre é muito, e acreditem, pode ficar pior.
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Meu Neko Sasuke
FanfictionSakura Haruno é uma estudante de medicina que por ironia do destino salva a vida de um pequeno gatinho, o levando para casa. Mas o que ela não sabia, era que esse gatinho - que era tão fofinho e bagunceiro - era na verdade o filho do imperador Uchih...