Capítulo 6 - A Maldição do Neko

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Eu ainda continuava fitando aqueles olhos negros, estávamos próximo o suficiente para que eu pudesse sentir o seu cheiro de pêssego misturado com maçã e um leve toque amadeirado. Céus, aquele cara cheirava muito bem!

Meu cérebro estava processando lentamente o absurdo que ele havia me dito, e a única coisa que passou pela minha cabeça era que a droga que ele deveria consumir diariamente havia corroído todo o seu cérebro.

— Sai da minha casa. - Tentei fazer com que minha voz saísse calma, e consegui.

— Sakura...

— Sai da minha casa, seu maluco tarado! - Gritei dessa vez, sentindo todo o meu corpo tremer.

Suas mãos apertaram mais os meus braços.

— Sakura, pare de gritar. - Ele estava me repreendendo, seu rosto era sério, mas eu não podia me abalar.

— Como você quer que eu não grite se você está me apertando e está falando um monte de besteiras?

— Eu não estou falando besteiras, é a mais pura verdade, eu sou o seu gato.

— Tu tá ficando louco cara, desde quando você é o meu gato que tem menos de meio metro? Você bebeu? Fumou? Está sofrendo transtorno de esquizofrenia? Ou está sofrendo crise de identidade? Por que meu irmão, você com certeza não está puro não.

Era só o que me faltava, àquele cara tentar me fazer acreditar naquele absurdo. Quem ele pensa que eu sou, uma criança de três anos? Completamente ele deveria ter saído de uma clínica psiquiátrica.

Aquele moreno fechou os olhos e suspirou, para depois voltar a abri-los e me olhar mais uma vez. Eu tentava me soltar de seu aperto, o meu autocontrole estava se esvaindo e eu sabia que surtaria a qualquer momento.

— Olha, eu posso te provar.

— O quê? - Parei de me contorcer e prestei mais atenção nele.

— Eu posso provar que eu estou falando a verdade.

Uni minhas sobrancelhas, sentindo minha respiração pesada.

Provar?

— Então prova - o desafiei, agora ficando séria.

O Deus/estuprador aos poucos afrouxou seu aperto em mim e me soltou, dando alguns passos para trás. Desviei meus olhos para o lado, sentindo meu rosto como uma pimenta quando eu vi novamente seus atributos masculinos.

Ele não tinha vergonha de ficar peladão, não? Cara eu era uma moça de família.

— Observe.

Olhei pelo canto dos olhos, fazendo de tudo para que meu olhar não desviasse para aquele instrumento que se pratica o pecado da carne, focando em seu rosto. E para a minha surpresa - e contribuindo para o aquecimento global da terra - eu havia saído do mundo real. Era isso que eu podia definir quando meus olhos, que a terra a de comer, viu o impossível.

Aos poucos, aquele rosto perfeito de anjo crescia pelos e se todo moldava, enquanto seu tamanho diminuía. Suas mãos se transformavam em patas peludas e seu corpo todo se tornava numa forma felina.

O cara estava se metamorfoseando!

E para a minha surpresa, em menos de dois segundo eu não via mais o Deus\estuprador, e sim, meu gato bagunceiro com aqueles olhos redondos de jabuticaba me fitando.

Não era preciso dizer que meus olhos pareciam que saltariam da minha cara, e minha boca havia escancarado. Eu não estava conseguindo acreditar no que eu estava presenciando. Isso aqui era uma espécie de brincadeira de reality show? Eu estou naquelas pegadinhas maldosas do Silvio Santos?

Meu Neko SasukeOnde histórias criam vida. Descubra agora