Capítulo 5 - Neko o Deus

1.9K 225 168
                                    

Se eu disser que eu sonhei com o pai do Garibaldo, vocês acreditam? Bom, o Deus não sabia que eu estava arrastando uma asinha para ele, aliás, eu nem sabia que eu voltaria a vê-lo novamente. O cara era uma coisa de outro mundo, era lindo demais, e aquela imagem ficou gravada na minha cabeça como uma imagem prazerosa.

Sonhei que ele chegava a minha casa com um buquê de rosas vermelhas numa mão, e um pote de nutella com um laço na tampa na outra. Eu só faltei morrer, não pelas flores, mas sim pelo pote de nutella. Não me lembro de todo o sonho, pois eu não costumava me lembrar do que eu sonhava, só sei que foi bom, e eu não queria acordar nunca. Quase me joguei pela janela quando o despertador tocou, indicando que havia chegado a hora de ir trabalhar.

Ainda vai chegar o dia que eu me casarei com um homem podre de rico e que irá me tirar dessa minha vida sofrida de miséria.

Levantei-me da cama, me espreguiçando, as cortinas da minha janela estavam abertas e eu podia ver o sol de rachar lá fora e o céu azul e limpo. Era um dia lindo para um sábado, bom para pegar uma praia e um bronze. Mas eu não podia ter esse luxo, tinha que trabalhar para pagar minhas contas, e sem contar que eu tinha que estudar para os testes da semana que vem, depois quando chegasse em casa.

Suspirei e procurei Garibaldo com o olhar, e o encontrei deitado num canto, lambendo a sua pata fofinha e peluda.

— Bom dia, Garibaldo.

Como meu gato era esperto, ergueu sua cabecinha para me olhar e miou, daquele jeito manhoso.

Deixei-o de lado e procurei o que vestir, e logo segui para o banheiro. Tomei um banho rápido e geladinho - por que eu sou pobre eu não tenho chuveiro quente -, fiz minha higiene matinal, coloquei minhas roupas, amarrei meu cabelo e passei um pouco de batom para que eu não ficasse com cara de anêmica.

Fui para a cozinha preparar o meu café da manhã, Garibaldo entrou logo em seguida e começou a passar seu corpo peludo por minhas pernas. Esse danado deveria está com fome. Abri a geladeira e não me surpreendi quando percebi que tinha sumido algo da geladeira.

Suspirei, tirei uma jarra de suco de dentro e um pote de margarina. Eu tinha que pegar o infeliz que estava roubando a minha comida.

Peguei o prato de Garibaldo e o enchi de ração e coloquei no chão para ele poder comer. Tomei o meu café da manhã - sem café - e logo fui para o meu quarto pegar a minha bolsa e meu celular. Assim que entrei na sala, vi meu bichano perto da porta andando em círculos. Eu hein.

— Já estou indo, Garibaldo - abri a porta -, daqui a pouco a mamãe chega.

Saí do apartamento e torci para que ele não aprontasse, percebi que aquele gato estava mais elétrico que o normal.

Desci aquelas escadas enquanto eu olhava a minha bolsa para ver se eu não tinha esquecido nada, e pelo jeito estava tudo em ordem. E quando meu pé pisou no último degrau e o outro no chão, meu corpo trombou com o de outra pessoa. Foi tudo muito rápido, tentei me equilibrar, segurando firme a minha bolsa, mas eu sentia que meu corpo não iria conseguir manter o equilíbrio, mas senti uma mão segurar firme o meu braço.

Ergui meu olhar para a pessoa enquanto franzia o cenho, mas quando meus olhos focaram com o da pessoa, faltou pouco para que eu tivesse um infarto.

Nunca se passaria pela minha cabeça que eu trombaria com Sasori Akasuna.

— S-Sasori? - Eu tinha que gaguejar aquele nome que por muito tempo rondava a minha mente.

Sua mão soltou o meu braço quando percebeu que eu tinha conseguido o meu equilíbrio. Terminei de descer aquele degrau e parei a sua frente, eu podia sentir o nervosismo começar a me dominar.

Meu Neko SasukeOnde histórias criam vida. Descubra agora