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O som que ouvi, assemelhava-se ao de um mergulho...logo antes de submergir naquela imensidão azul...

Logo lembrei das tardes que passei a brincar no rio com as minhas primas. Bem longe de casa. Passava horas a caminhar. Eu gostava de lá, más sempre ouvia poucas e boas dos meus tios, eles não me deixavam ir lá... e finalmente eu já sei o porquê...

Olho em volta. Tudo que vejo, é àgua... e sequer tenho a respiração presa... Penso como tal façanha pode ser possível...

Ouço uma voz cantando melodiosamente envolta em tantas outras... cantam para mim... cantam o meu nome...

Eu sempre me perguntei como era a morte...

Espera aí... EU MORRI!!!!

Me debato, luto contra a força da àgua – eu tenho que chegar à superfície !!!– nado, tentando chegar à superficie, más algo me impede – Não, eu não posso morrer...não assim, não agora!!!

Uma camada fina de gelo me impede de chegar à superfície, Continuo submersa, naquela àgua agora gelada...

Bato com força, más o gelo não cede. Bato. Bato. Bato... inutilmente...

Olho em volta, más nada vejo, além de uma infinidade azul... Passo a mão na superfície, para tentar ver o que está do outro lado... esperava ver o céu, más eu o vi, mesmo com uma forte luz, impedindo que eu o visse nitidamente.

É alto e magro, e veste-se de verde claro.Não lhe posso ver o rosto, coberto com uma espécie de máscara cirúrgica, e o cabelo também esta coberto. Ele assusta- se e vai para longe – Ele me viu?- Penso - Não vás!! - grito, mas a voz não me sai.

Ele se vira para ir embora, assustado. Más eu finalmente consigo fazer passar um dos braços pela barreira, e agarro um de seus braços –Ele é quente – Más ele logo uma força me envolve – é a àgua!! – ela me puxa em diracção ao fundo. Com tanta força que em segundos, eu já havia perdido a visão daquela pessoa.

Lá no fundo, a àgua era quente, aconchegante, e a tal canção estava mais alta, uma das mais belas melodias que já ouvi.

-Minha criança – disse a voz que antes cantava para mim – Meu único fruto... fruto do meu ventre de àgua...

-Quem me fala??

Ao invés de uma resposta, o que recebi foi um abraço... a àgua me abraçou!

- Acorda... – Me disse.

(...)

-Não devias passar o dia todo aqui, há muito para fazer no hospital Enzo – diz uma voz feminina – afinal o que te prende a esta rapariga??

-Eu não sei Abby, más eu não posso sair daqui – diz uma voz masculina – eu sinto como se tivesse um compromisso... uma missão.

- Não é assim, é que estás a exagerar. Ela está em coma. Em-co-ma!! Não vai sair daqui, não vai desaparecer – eles falam alto, e eu estou com bastante sono – quer saber?? Eu cansei. Eu vou.

- Abby, não...espera – a porta se abriu, e se fechou violentamente.

Ainda bem que se calaram... más agora o sono já se foi embora. Abro os olhos lentamente, e me espanto com a claridade, que me chega a ferir a vista... e só aí me dei conta que a minha cabeça doía muito, e estava às voltas...

-Ai – digo. Olho em volta, e vejo que estou num quarto, é pequeno, e está cheio de aparelhos estranhos, que apitam... e no fundo, um rapaz... a cara é me familiar... – aqui é onde?? – pergunto...

-Ela acordou!!! – diz ele, ignorando completamente a minha pergunta.
E eu o olho.

Nesse momento, uma senhorinha entra, e se espanta antes de abrir um enorme sorriso, e sair apressada, junto com o rapaz...

-Gente estranha – penso. Olho para os meus braços, e tiro as agulhas que estavam lá. Elas me prendiam, e eu precisava sair dali, precisava de saber onde eu estava. Parecia que era um hospital, más onde???

Pus os pés no chão, e me apercebi que estava fraquinha das pernas, então fui me apoiando nas paredes até alcançar a maçaneta da porta,e abri-la antes de dar de caras com um senhor imponete, aparentava uns muitos anos, e parecia preocupado...

-Más onde é que a menina acha que vai?? – pergunta enquanto o rapaz que ví antes me carrega em seus braços e me leva de volta para a cama, onde fico sentada.

- E como está??? – pergunta o rapaz, esboça preocupação.

-Estou bem – digo lentamente.

Ele tira uma pequena e fina lanterna, e aponta para os meus olhos um de cada vez...

-Por incrível que pareça ,ela está ótima – diz o velho senhor – eu sinceramente, nunca ví algo do género – diz abrindo os meus olhos, apertando aqui e acolá – más só os exames poderão nos confirmar isto... e eu vou já fazer isso!! – disse empolgado – tu não saias daí. – e saiu.

-Gente esquisita – penso .

As enfermeiras cochicham enquanto saem, deviam estar a falar de mim... desorientada olho para todos os lados, sem saber o que fazer, até reparar nele. Parado ao fundo da sala, transbordanndo felicidade.

-Tu és minha família?? – pergunto, é que normalmente a família é que fica no hospital com alguém doente (embora eu não me sinta doente) , e também para estar feliz daquele jeito...

-N –Nã..Não – disse tímido – eu não sou da tua família.

-amigo ??

- Não.

-Alguém que eu conheça???- pergunto numa última tentativa.

-Não, tú não me conheces- disse se aproximando, tímido.

- Então quem és tu??? E porquê tanta felicidade??

Ele soltou um riso nasal, e sentou no canto da minha cama..

- Enzo. – disse levantando uma das mãos. E eu continuei olhando para ele, a espera de mais explicações que não vieram.

-E és????

- A pessoa responsável por ti – disse – eu acompanho o teu caso desde que cá chegaste.

- E como foi isso??

- Chegaste num estado deploravel, com cortes por todo corpo, estavas desidratada e com muitos machucados. E... – ele hetitou ao falar..

Intrigada eu resolvi falar.

-E??? O que aconteceu comigo???

Ele engoliu seco, e desviou o olhar, antes de me dizer...

-Tu estavas morta.

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Olha eu aqui...

Feliz ano novo genteeee... que 2018 venha com muito sucesso, e tudo de bom!!!!

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Como podem ver, eu pus mais detalhes e tal, para não ter muita coisa subentendida. Assim poderão entender melhor a história.

BEIJOCAS!!!

FLW!

É NOIS!

LwandleOnde histórias criam vida. Descubra agora