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Meu coração bateu forte, minha respiração acelerou. Eu não podia acreditar no que estava a ouvir.

-Como assim morri?? – perguntei trêmula, e com a voz a falhar.

É claro que ele estava encomodado ao falar do assunto, ele hesitava a cada palavra, seus olhos fugiam dos meus a todo momento. A sua dor era clara, assim eu ví o porquê da sua felicidade ao me ver acordada.

- Não tinhas pulso, não respiravas ... o corpo foi esfriando gradualmente – ele engoliu seco denovo – estavas morta.

Eu olhei para os meus dedos entraçados sobre o meu colo... sem saber o que fazer, muito menos o que dizer.

- Eu acho que isto é demasiado para ti. Acabas de acordar, eu sequer te devia estar a contar estas coisas. – ele disse e respirou fundo

-Talvez – eu disse .

O ar estava pesado... era demasiada informação.

O silêncio tomou conta do quarto...

- eu já te disse quem eu sou. E tu, quem és?? – perguntou tentando aliviar um pouco o ambiente.

- Ah, eu sou... – aí eu me dei conta de que, todas as minhas memórias de antes de hoje, eram um borrão. Eu não me lembrava de nada. Sequer sei como eu me chamo.

Enzo me olha, demonstrando sua curiosidade, e se aproxima, como se isso o fizesse escutar melhor...

-és????

- Eu não sei quem sou ...– meu pensamento saiu alto o suficiete para que ele o escutasse. Eu estava aterrorizada – eu não sei...

-Não brinca ... – eu acho que ele não acreditou no que eu disse – Vá lá, não tem graça.

-E Nem era suposto que tivesse... – digo.

Somos interrompidos por uma enfermeira que me tras o almoço, e acaba levando Enzo consigo. Más ele disse que voltava, pois a nossa conversa não havia terminado.

Eles saem e me deixam sozinha no quarto. A olhar para o prato de sopa a minha frente.

Olho para a parede, e o relógio de ponteiros marcam 12:23. Coço o queixo e me levanto, e depois de bisbilhotar, vejo que não há nada naquele quarto com que eu me pudesse destrair. Não tive escolha a não ser, comer aquela sopa horrivel. Porquê comida de hospital tem um gosto estranho?? – pensei ao terminar...

Arfei...

Não passaram sequer 30 minutos desde que estou sozinha e já estou entediada – disse para mim mesma, e decidi sair, e dar uma volta. Não poderia ter feito escolha pior.

As pessoas me olhavam, e até algumas sequer dirfarçavam. Pareciam estar a ver o invisível, ou até o impossível. E para piorar, eu me perdi.

Eu não sabia que aquele hospital era assim tão grande. E me distraí ao com aqueles olhares todos que acabei não prestando atenção por onde estava a seguir.

Agora no meio de um espaço verde, com uma pequena fonte de água no meio, olho em volta. E nada me é familiar.

-Menina? – uma voz seguida de um suave toque me assustam...

-Ai meu coração!! – digo assustada e me viro, ficando de frente para uma enfermeira. E respiro fundo.

Depois de explicar a minha situação, a enfermeira me levou de volta para o quarto, depois de uma longa volta, e um chá com bolachas na lanchonete do hospital.já era noite. Más toda felicidade terminou, assim que a porta do meu quarto se abriu.

Estava lá um monte de gente, médicos, enfermeiros, e até uma rapariga( digo rapariga pois ela não tinha uniforme algum para que eu a pudesse identificar).

-más por onde a menina andou?? – disse o médico.

-eu... eu me perdi... e , - disse tentando me justificar

-Que isto não se volte a repetir!! – ele parecia bem zangado – esta rapariga não volta mais a sair daqui, e quem ousar em me desobedecer, vai se ver comigo!!

Ele falava tão alto, e estava tão bravo que ninguém teve coragem de dizer palavra alguma, e nem sequer de tentar acalmá-lo. Até que ele, saiu, levando todos com ele.

Alguém deve ter se dado muito mal – pensei.

Depois de jantar (no quarto). Acabei adormecendo, e tive um sonho bem, bem estranho...

Andava desnorteada e estava tudo muito claro, no meio de um bosque. Tudo era igual, eu sentia que estava a andarem círculos, e seuer sabia para onde queria, ou estava a ir...

Encostei-me numa árvore e olhei para cima, de onde pude ver os raios de sol que entravam pelas pequenas aberturas que as folhas no cume das árvores deixavam. Até me aperceber que um pequeno riacho de água brilhante. Decidí seguir o curso da água, e ver até onde dava...

A água melevou até a entrada de uma gruta, onde na entrada estavam dois lobos. Um totalmente preto, com os olhos azuis claro brilhante, e outro todo branco, com os mesmos olhos...

Uma melodia, cantada por milhares de vozes se fez soar... a mais bela melodia que ouvi, porém, não me era estranha. Eu tinha a certeza de que ouvira aquela melodia em algum lugar, más não sabia onde...

Até que, no meio delas, uma, começou a chamar por mim, me chamava pelo nome... um nome que eu não conhecia, más eu tinha a certeza de que era meu...

Andei apressada, eu precisava saber de quem era aquela voz. Más aqueles lobos me impediram, e sentaram na entrada. Más eu empurrei um deles, e corri em diracção à entrada. Até que um jato de água saido da entrada da gruta, me lançou para longe, e eu acordei.

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E AÍ PESSOALÊ!!!!! VOLTEI COM CAPÍTULO DUPLO!!!! ATÉ A PROXIMA!!!(não me perguntem o porquê de eu ter escrito com maiúsculas! Eu também não sei.)

presentinho de ano novo...hihi

LwandleOnde histórias criam vida. Descubra agora