Capítulo 3

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Povs on: Sasuke

— O QUE É ISSO?

             Karin apareceu de surpresa com uma de suas amigas e com uma cara nada feliz.

— Calma Karin. — pedi porém sabia que nada adiantaria.

— Calma?

— Não é o que você está pensando.

— Ah não? Vendo essa garota desabotoar sua camisa o que eu poderia pensar?

— Ei, eu não estava desabotoando nada! — Sakura se defendeu.

— Vai falar que meus olhos mentem? — Karin começou a se aproximar.

— Não, eu estava abotoando, não o contrário.

— Ah, fala sério garota, antes de te conhecer, já conheci muitas do seu tipo.

— Pelo amor. Não sou obrigada a escutar isso. — começou a se retirar.

— Não mesmo! — Karin agarrou seu braço e a impediu de sair.

— Solta. — Sakura falou com calma.

— Karin. — reforcei o pedido de Sakura, porque a ver irritada não é nenhum sinônimo de agradável.

— Vai defender ela agora? — questionou-me sem soltar o braço de Sakura.

— Eu estou te defendendo.

— Solta o meu braço, por favor. — o olhar de Sakura começou a mudar.

— Ficou bravinha? O que você vai fazer se eu não soltar? — Karin provocou.

— Karin, não. — segurei o pulso de Karin.

             Karin me lançou um olhar e Sakura num tranco se soltou.

— Nada, só não provoca ou não responderei pelos meus atos. — ajeitou a manga de sua camisa e começou a se retirar.

— O que você tem na cabeça, Sasuke?

— Eu!? O que você tem na cabeça.

— Sasuke, eu te conheço. Ela pode ter chegado hoje, mas você nunca defendeu ninguém dessa forma. Eu posso não ser a pessoa mais inteligente deste mundo, não me faça de idiota. — ela se retirou.

             Eu não fiz nada de errado, e por que bulhufas eu a faria de idiota? Apesar do nosso namoro não está lá essas coisas, não é motivo para desconfiarem de mim. É a segunda vez no dia que escuto isso, se eu escutar a terceira tem algo errado.

Povs on: Sakura

             Tirar suas próprias conclusões sobre alguém que não conhece é ruim, mas me provocar é muito pior. Não falando por eu ser uma barraqueira, que é algo que não sou, eu evito comprar briga, porém duvidar de minha capacidade é algo que me deixa irada.

— Sakura! — alguém me chamou e eu me virei. — Espere aí. — Sasuke veio correndo até mim.

— O que foi? — suspirei.

             Assim que ele me alcançou, voltei meu trajeto para sala.

— Ei, espera aí.

— Fala logo, Sasuke.

— Pra que isso, cara?

— Isso o quê?

— Você fugindo, conversa direito comigo.

— Eu estou te escutando, pode falar.

— Para de andar e olha para mim, por favor.

— Não tenho motivos para olhar.

— Caramba, Sakura!

— O que foi, caramba? — dei uma olhada para trás.

— Há cinco minutos atrás você estava me ajudando a vestir a camisa direito e agora nem olhar na minha cara quer.

— Sasuke, eu só estou tentando evitar encrenca com sua namorada, e parece que você faz o contrário.

— Eu não estou procurando nada.

             Com isso, eu parei e o fitei indignada com a falta de percepção dele, ou sua cara de pau.

— Ah não? Se ela nos visse novamente agora ela poderia interpretar de maneira errada novamente e se eu falasse a verdade ela não acreditaria. Então a melhor solução é evitar ficar sozinha com você. — continuei a andar tentando encerra o assunto.

— Não era isso o que você achava antes de se mudar.

             Congelei.

             Olhei por cima do ombro para Sasuke só para saber se o que ele falou foi uma piada.

— É a parte que eu tenho que rir?

— Sakura, você não é a mesma de antes. — cruzou os braços.

— E você queria que eu não mudasse? — fiz o mesmo que ele.

— Óbvio!

— Ah! — ri ao entender o que ele estava querendo dizer. — Você quer que eu continue lambendo o chão que você pisa!?

— Não! Nunca falei isso!

— Então o que você falou?

— Eu sinto falta de quando éramos colados, fazíamos grande parte das coisas juntos, sabíamos de tudo um do outro!

— Resumindo: de quando eu lambia o seu chão.

— Sakura, não! Nós fazíamos juntos, como você gostava de ficar comigo, eu também gostava. E agora você me fala para evitarmos de ficar sozinhos juntos? Mas que saco isso, acabou de chegar e já estamos nessa briguinha, que negócio exaustivo.

— ...

             Eu me esqueci dessa parte dele. Os sentimentos e a sinceridade. Parece que para ele nada deveria mudar, mesmo esse tempo de anos comigo fora, ele ainda abre sua intimidade para mim da mesma forma que antigamente. Isso dói em mim, pois me faz lembrar dos sentimentos horripilantemente fortes que eu tinha por ele.

             Nada que um papo com o Sasuke Uchiha faça vir um turbilhão de duas emoções juntas. Uma é amor e a outra é tristeza por ter esquecido do primeiro sentimento fazendo me sentir derretida e ao mesmo tempo suja por não o tratar da mesma forma.

— Não vai falar nada?

— Me desculpe. — me aproximei dele.

— Hum, tudo bem, esquece desse papo super carinhoso. — sorri um pouco com seu comentário.

             Ele me agarrou num abraço fazendo-me afundar com o rosto no seu pescoço, e sentir o cheiro do seu perfume que com passar dos anos não mudou.

— Mas Sasuke, você está namorando, as coisas não podem ser como antes, seu tempo comigo e com o pessoal vai ter de ser menor. — me afastou de si.

— Eu sei, mas agora que está de volta, posso fazer um livro com seus conselhos. — jogou meu cabelo em meu rosto.

— Ei! — um sussurro nos chamou. — O que vocês dois estão fazendo ainda aí? — Ino se aproxima de nós.

— Eu fui buscar ele para entrar na sala. — expliquei.

— Vou esperar até essa aula acabar para eu entrar na próxima. — Sasuke suspirou.

— Kurenai vai cortar seu pescoço Sasuke, e o seu também. — apontou para mim.

— Por quê?

— Já viu há quanto tempo está fora de sala?

              Dei uma breve olhada no meu celular.

— Caramba! Tenho que entrar correndo!

— Vai lá. — Sasuke falou se jogando num dos bancos do corredor.

             Assim que eu parei frente a porta, dei uma olhada na direção de Ino e Sasuke e estranhei a cena. Ela deu um tapa na cabeça dele e comentou algo que eu não consegui entender.

             Sendo constrangida pelo olhar da professora, eu entrei e sentei em meu lugar.

My strong wish - Part.1Onde histórias criam vida. Descubra agora