[Prefácio]

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[11/07/2019 - Dallas (TX)]

Olá, meu nome é Jessie e eu tenho 17 anos. Eu vivia em São Francisco (Florida), mas com tudo que aconteceu nestes últimos anos, eu vivo me mudando de cidades. Lugares fixos são muito bons para recomeçar a vida, mas também perigoso, pois sempre vai ter pessoas querendo tirar ele de você.

A três anos atrás, tudo começou. Eu tinha apenas 15 anos, quando um vírus se espalhou no mundo inteiro, ninguém nunca soube qual o vírus e como ele se espalhou pelo mundo, e se alguém sabe deve estar morto ou bem longe daqui.

Desde que tudo começou, nos primeiros meses eu perdi minha família, primeiro eu perdi minha irmã Morgana de apenas 6 anos que foi mordida por um zumbi enquanto nós tentávamos fugir, depois Josh de 19 anos, ele levou um tiro na cabeça quando alguns caçadores apareceram no nosso acampamento e tentaram roubar a nossa comida e é tudo que tínhamos.

Realmente o pior tipo de ameaça na Terra atualmente, é o homem, nos viramos ignorantes depois que os zumbis dominaram o mundo, viramos as costas uns para os outras só para sobreviver, deixamos de nos unir e essa foi uma das maiores burradas dos humanos.

A morte da minha mãe foi uma das piores, estávamos trilhando na mata quando um grupo de pessoas nos cercaram. Eles eram em cerca de umas 20 pessoas, todas com caras maliciosas e carrancudas. O " chefe " do grupo, disse que meu pai tinha que fazer uma escolha, eu e minha mãe estávamos de joelhos no chão e o meu pai tinha que decidir quem iria sobreviver de nós duas. O meu pai obviamente ficou desesperado, mas ele infelizmente tinha que tomar uma decisão, contudo ele decidiu deixar-me viva. Então um homem alto e forte, de roupas sujas se aproximou da minha mãe com um machado e o acertou em sua cabeça, o sangue de minha mãe espirrou em meu rosto.

Naquele momento eu chorava muito, eu estava desolada, mas eu não culpava meu pai. Ele só que queria me ver bem. Mas o que eu não esperava, é que o resto das pessoas vieram para cima de mim e começaram a chutar-me e a bater-me, o meu corpo doía muito naquele momento, mas estava dormente. A única dor que eu sentia era de perder a minha mãe, depois de ter levado uma surra eu acabei desmaiando do cansaço e de dor. No outro dia eu acordei dolorida, eles já não estavam mais ali, assim como o meu pai.

Eu nunca soube o que houve com ele, mas a partir daquele dia, eu passei a viver sozinha.

Já que estou sozinha, irei te escrever todos os dias. Lhe dizendo mais sobre minha jornada nesse mundo de mortos, você é minha única ajuda, querido diário.

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