INTERLUDIO: ESCURIDÃO

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Em um lugar que pode ou não existir...

Escuridão, confusão, medo e fome.
Era o que ela sentia. Não reconhecia onde estava, seu corpo parecia diferente mesmo aparentemente igual. Sua mente estava muito perturbada.
Não tinha total memoria. Mas lembrava de uma coisa com minuciosos detalhes.
"passarei a eternidade aqui" , pensou.
Depois desse pensamento, o lugar até então escuro ganhou um pouco mais de cor. Branco. Não um branco que nos traz esperança, felicidade, etc. E sim, um branco gasto, um branco de milhares de cabeças de esqueletos.
A visão perturbadora a fez dar um passo para traz, seu peso fez um dos crânios rachar.
Ela não suportou, colocou as maos em frente aos olhos e chorou, como se estivesse envergonhada, observada talvez.
Quando percebeu que chorar não mudaria nada decidiu tomar uma atitude: correr, passos longos, fortes, os impulsos empurravam os crânios. Correr não adiantaria. Era infinito!
Ouvio algo e se virou para a direção, nesse momento os crânios formaram uma especie de onda que foi ate ela.
Então, desmaiou.

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