Cap 9 - Naquele tom

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E derrepente você se vê naquele mesmo ponto ao qual lutou tanto pra sair, ou melhor... pra sequer entrar.
É estranho, sempre via em filmes a expressão "borboletas no estômago" não imaginei que fosse real ou que um dia eu fosse sentir, mas depois que te conheci, minha vida faz jus a tal frase. As borboletas de Vinícius de Moraes, tão conhecidas, e hoje me sinto honrada em saber que elas hospedaram-se dentro de mim, e pra ser sincera, elas não são nem um pouquinho tranquilas, por menor que seja a lembrança, elas já se agitam dentro do meu estômago, as vezes é incomodo, mas entendo que um barulho tão alto quando o do som dos meus sentimentos deve incomodar bastante. Enquanto escrevo esse texto, por exemplo, tadinha delas, estão a ponto de enlouquecer de tanta confusão.
Reciprocidade: seria pedir demais ? A culpa não é sua, eu sei, mas só queria um dia encontrar essa tal palavra e quem sabe, trocar uma ideia com ela, na esperança de que resolva ficar, pois até agora só a conheço de ouvir falar.
Ei, você! Canta pra mim de novo, naquele mesmo tom de antes. Se quiser me fazer surpresa, canta em um melhor, um que fale de nós dois, posso passar a noite inteira te ouvindo e ao amanhecer não estarei cansada. Entrega pra mim, vai! Esse teu coração, deixa eu fazer dueto de batimentos com ele, sinto que ele quer o mesmo. Só não me deixe aqui, assim, tão cheia de saudade.
Passa a tarde comigo, me fala do seu dia, dá sua mãe, até mesmo do seu gato. Fala de como ficou feliz em me ver, e de que quando aceitei o convite, você passou a madrugada pensando em como seria esse momento. Porque, quer saber ? Eu fiz o mesmo.
Responda sim as minhas perguntas, é isso que te peço! A menos que a resposta seja não. Faz cafuné em mim, me denga e me chama de amor, a verdade é que é disso que preciso pra sorrir hoje, mas só vale se for de você.

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