{Sixteen}

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  Taehyung andou em passos largos pelo corredor da faculdade sem olhar, uma única vez para trás.
  Ele queria saber o que Kookie tinha feito no seu cacifo.

Ao chegar lá mostrou-se decepcionado, esperava que o anónimo estivesse lá para o receber mas não era o caso.

  Baixou a cabeça e riu levemente por se sentir ridículo mais uma vez. Voltou a olhar para cima e abriu o cacifo pondo alguns dos livros que tinha nas suas mãos lá dentro.
   Um papel azul voou para fora da pequena estrutura verde metálica.

Tae baixou-se rapidamente e apanhou o papel olhando para os lados e esperando que ninguém tivesse visto tal acontecimento.
  Desenrolou o papel e arregalou os olhos ao ler o que tinha lá escrito.

" Azul é a cor da tranquilidade, serenidade e harmonia. Vamos fazer um jogo. Vai até à biblioteca e procura um livro chamado 'Aqueles que partem de Omelas', é a única cópia lá."

O moreno não pensou duas vezes. Ainda tinha alguns minutos antes da próxima aula.

  Assim que chegou à biblioteca procurou o livro na divisão dos "O's" e confesso que foi um pouco difícil de o achar.
  Abriu o livro e achou rapidamente outro papel amarelo exatamente no meio do mesmo.

" Amarelo é a cor da luz, calor, descontração, otimismo e alegria. Há coisas que gostava que soubesses sobre mim antes de me bloqueares...
Primeiro precisas de saber um dos meus sítios preferidos da escola. Vai até às traseiras da escola e procura o próximo bilhete no meio das rosas brancas."

Kim bufou com o facto de ter de andar tanto para chegar ao lugar marcado pelo anónimo. Mesmo assim ele foi, com a esperança de que o desconhecido estivesse lá esperando-o sereno e sem pressas.

  Mais uma vez desiludiu-se quando viu o lugar totalmente vazio, o seu coração estava acelerado, nem se tinha apercebido que tinha corrido até ao local, na verdade nem se tinha apercebido que aquilo era realmente importante para ele.

Os seus olhos percorreram as diversas flores que estavam plantadas ali e finalmente encontrou as rosas brancas. Picou-se algumas vezes ao procurar o papel. Rapidamente o encontrou, tinha cor vermelha e destacava-se no meio de toda aquela vegetação.

"A cor vermelha é a cor da paixão, energia e excitação. Adoro rosas brancas, essa é uma das razões do porquê de eu adorar sentar-me aqui, encostado à parede a desenhar. Se alcançaste este papel deves ter as mãos um pouco feridas, isso demonstra dedicação para comigo. Mas como se diz, no pain, no gain! Dirige-te à enfermaria e trata dessas feridas, deves encontrar a próxima pista debaixo da cama, onde sentes prazer. Primeiro vem a dor e depois o prazer!"

  Taehyung já não sabia o que estava a fazer mas realmente as suas mãos doíam e alguns dos ferimentos sangravam um pouco.
   Quando chegou ao local, a enfermeira que se encontrava lá mostrou-se confusa. O rapaz inventou uma desculpa que lhe pareceu bastante convincente, tinha-se cortado nas rosas ao deixar cair para lá o seu livro de biologia.

Depois da enfermeira lhe tratar das feridas e de virar costas por meros segundo o moreno, em um movimento rápido olhou para debaixo da cama e achou logo o papel, desta vez verde.

  Saiu da enfermaria em passo apressado deixando a mulher que o tratava confusa.
  Encostou-se a uma parede e leu o papel.

"Verde é a cor da esperança. Eu tenho esperança de que nós podemos vir a ser mais do que meros desconhecidos, mais do que meros amigos. Adoro gelado de menta. Sabes o que adoro também? Comida! Achas que te poderias dirigir à cantina? Encontrarás outro papel debaixo do caixote do lixo lá, desculpa ser no caixote do lixo mas não consegui por em mais nenhum lugar."

Tae estava realmente chateado agora. Teria de andar mais e ainda por cima procurar um papel junto ao lixo.

  Olhou para o ecrã do seu telemóvel vendo as horas. Tinha 5 minutos apenas.

  O rapaz correu, mas não correu de uma maneira de que todos se apercebessem que ele corria. Correu como se tivesse atrasado para uma aula, também ninguém ligava para o que ele estava ou não a fazer.

  Ao chegar à cantina percebeu que a mesma estava fechada. Mas Tae não podia esperar nem mais um segundo para saber como este jogo iria terminar. Arranjou maneira de entrar dentro daquele grande pavimento, podemos dizer que arrombou a porta. Não tinha sido bem arrombada, a porta já era velha e abria facilmente, só precisou de um pouco de jeito e destreza.

  Procurou o papel por baixo de todos os caixotes do lixo e não conseguiu encontrar.
  Lembrou-se que faltava-lhe ver um, na sala em que os professores comiam.

  Pediu mentalmente para que ninguém estivesse lá e para que ninguém aparecesse lá.
  Meteu a mão na maçaneta e hesitou em rodar. Depois de alguns segundos a pensar no devia fazer não se controlou mais e abriu a porta verificando que não se encontrava lá ninguém.

  A cor do papel saltou rapidamente à vista. Era rosa. Um rosa que, estranhamente, Tae gostava.

"Rosa é a cor do romantismo, ternura e ingenuidade. Por outro lado pode ser vista como uma cor perversa e faz-me lembrar aquelas meias que comprei no outro dia. Lembraste da foto? Claro que sim.
Adoro ver rapazes de camisola rosa. Acho que devias saber que sou do 1º ano de faculdade, logo, dois anos mais novo que tu.
Como sei que adoras filmes o último bilhete está no auditório, mesmo em cima do projetor. É o último papel e o mais importante!"

Estava na hora da sua próxima aula, mas era o último papel e Tae tinha de chegar ao auditório antes que outra pessoa o fizesse.

  Mais uma vez correu, mas desta vez correu mesmo, como se a sua vida dependesse daquilo.

  Infelizmente já haviam pessoas dentro do auditório. O moreno não ia desistir.
   Entrou lentamente e agradeceu o facto das luzes estarem desligadas e de todas as pessoas estarem atentas à palestra que ali decorria.
   Dirigiu-se o mais depressa possível ao dispositivo e lá estava o último papel, branco.

  Ao pegar no mesmo o projetor ameaçou cair e a única reação do rapaz foi agarra-lo antes que isso
acontecesse. A projeção desapareceu o que fez toda gente reclamar e olhar para o local donde provinha a luz há uns segundos atrás.

  Kim não esperou mais um segundo e correu para fora dali. Não sabia se alguém o tinha visto mas isso não era o importante agora.
   Avistando uma casa de banho entrou na mesma e fechou-se dentro de uma das cabines minúsculas.

  Abriu o papel.

"Branco é a cor da paz, da pureza e da limpeza. É por isso também a minha cor preferida. E esta história só pode acabar em paz se formos honestos um com o outro.
Parque Namsan, zona nordeste, amanhã, às 4.30 da tarde, vou vestido de cor-de-rosa, com uma rosa branca ao peito e dois gelados de menta na mão, vou estar à tua espera."

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TANTANTANNN

ESTE CAPÍTULO ESTÁ ENORME E EU ADOREI ESCREVÊ-LO.

O QUE ACHARAM? SEJAM HONESTOS!!!
🌈💜

Much love

Meg xx

Oppa {vkook/taekook fanfiction}Onde histórias criam vida. Descubra agora