My Angel ( Malec )

Eu Acredito

Sentirei falta de estar com meus irmãos e de escutar os sábios conselhos do meu pai. Sentirei falta de ser um anjo alado, de sair voando pelo céu estrelado, de sentir o vendo em meu rosto enquanto estou no topo do mundo e principalmente, eu sentirei falta das minhas lembranças de Magnus. A partir daquele momento eu tomarei por completo a identidade de Alexander Lightwood. Não me lembrarei de que algum dia fui um anjo, o anjo de Magnus Bane. Não terei mais a vantagem de conhece-lo melhor do que qualquer outra pessoa no mundo. Uma parte dentro de mim estava morrendo de medo do que viria, mas a outra tinha certeza de que tudo ficaria bem.

Abro meus olhos escutando uma doce voz chamando o meu nome. Eu havia tido um sonho realmente estranho. Coço meus olhos e me deparo com grandes olhos castanhos me observando. Não acredito que dormi no meu primeiro encontro. Dou um sorriso sem graça.

- Eu dormi. – Constatei envergonhado.

- Você fica lindo quando está adormecido. – Deu um sorrido. – Ainda mais quando fala meu nome.

- Eu falei seu nome? – Agora sim eu preciso de um buraco para enfiar a minha cabeça. – E o que eu disse?

- Você disse que me amava e que nunca esqueceria do que viveu ao meu lado. – Disse parecendo ainda mais envergonhado do que eu. – Mas foi só um sonho bobo. – Deu um sorriso sem graça e voltou seus olhos para cima. – O sol está nascendo. – Apontou para os primeiros raios surgindo no horizonte. - Eu iria te deixar dormindo, mas você precisava ver esse céu. É a coisa mais bonita que eu já vi em toda a minha vida.

- E você é a mais bonita que eu já vi. – Digo sem pensar.

Magnus não respondeu. Ficou observando o céu pensativo.

- O que você está pensando? – Perguntei finalmente. Aquele silencio estava começando a me enlouquecer.

- Quem talvez esse seu "Deus" exista de verdade. – Respondeu ainda mirando o céu. – Desde que eu te conheci o modo como eu via o mundo mudou da água para o vinho. Eu nunca pensaria que algum dia ficaria em cima de um terraço sem que meu corpo todo tremesse e aqui estou, eu.... No topo do mundo me sentindo extremamente seguro ao seu lado. – Voltou seus olhos para mim. – Eu não acreditava que o amor verdadeiro poderia surgir de um primeiro olhar, mas você não sai da minha cabeça desde o dia que nos conhecemos. Eu não acreditava no amor e aqui estou eu completamente apaixonado por você. – Riu envergonhado. – Então se o amor à primeira vista existe, quem sabe esse seu "Deus" não exista também.

Me emocionei ao escutar aquelas palavras. Não sabia o porquê, mas a crença de Magnus em Deus era muito importante para mim.

- Então você também não acreditava no amor, Sr. Bane? – Pergunto sorridente. Aquele dia estava saindo melhor do que ele havia planejado.

- Eu não acreditava em muitas coisas antes de você entrar na minha vida. – Voltou a sorrir. – Eu sei que você vai me achar completamente louco por te fazer essa pergunta, é, mas, sei lá... – Gaguejava. – Você aceita ser o meu namorado. – Perguntou finalmente.

Não conseguia tirar o sorrido bobo do seu rosto. A menos de uma semana ele estava lecionando em uma universidade do outro lado da cidade. Já havia desistido de encontrar o amor e estava vivendo a sua vida tranquila dedicada ao trabalho até acontecer aquela transferência que mudou por completo a sua vida. Se viu apaixonado por Magnus Bane e o mais estranho naquilo tudo, era o fato de que aquele amor parecia ter sempre existido em seu coração. Era como se ele tivesse adormecido e houvesse despertando com força total.

- Não posso namorar uma pessoa que ao menos beijei ainda. – Digo fazendo charme. - Seria loucura da minha parte. Você não concorda, Sr. Bane?

Vi quando ele se aproximou de mim juntando nossos lábios em um beijo repleto de sentimentos. Amor. Foi o que eu senti quando nossos lábios de juntaram.