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Saiu do banheiro e junto dele uma nuvem de vapor. Quando chegou na sala viu Vic abraçada ao gatinho enquanto assistia tv.

- Aaaaaleeeeeeeeeeeeex. De onde saiu essa fofura?

Vic apertava o gato de tal maneira que Alex jurou ouvir o gato dizer ''socorro''.

- Eu ouvi ele na rua, então fui resgatá-lo. Não foi nada fácil. - E mostrou os arranhões no peito.

- Ai. Tá feio isso aí. Pode infeccionar. Passa algum remédio.

- Bem que eu queria, mas não tenho nenhum.

- Então vamos numa farmácia. Preciso de algumas coisas lá de qualquer jeito e também falta comida, pra nós e pra essa belezinha. - disse Vic olhando para o gato.

- Então vamos assim que amanhecer. - disse Alex, odiando a ideia de ficar molhado de novo.

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Com um pé de cabra quebraram o vidro da farmácia, e saltou do bote lá para dentro.

- Passa a corda Fred. - disse impaciente.

Fred jogou a corda que estava amarrada ao bote, e o companheiro a amarrou ao balcão.

- Pronto, pode pular.

- O que estamos procurando mesmo? - indagou Fred, enquanto coçava a cabeça com uma cara de idiota, e o Rolex pendurado no pulso.

- Qualquer coisa que pareça boa. Pega um pouco do de sempre, mas vamos aproveitar e ser criativos.

Cada um carregava uma sacola, e nela iam colocando todos remédios de tarja preta possíveis. O comparça de Fred ainda arrombou o caixa com o pé de cabra. Ambos não possuíam amizade alguma, só compartilhavam o mesmo interesse: o de se drogar.

Com as sacolas carregadas pularam para dentro do bote, e ambos remaram em direção ao escritório do pai de Fred, lugar que utilizavam para se drogar e passar horas desacordados.

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Já era de manhã, e Alex havia dormido umas belas 4 horas. Vic e o gato ainda estavam no sofá, com a respiração em sincronia, dormindo de conchinha.

Andando na ponta dos pés, Alex preparou os últimos waffles. Se iriam se aventurar na rua, precisavam pelo menos estar alimentados.

Com o cheiro Vic se acordou, e ambos comeram sentados no sofá.

Já estavam os dois de pé, prontos para sair, e Vic indagou:

- E ele? - enquanto olhava para o gato.

- É um gato, vai ficar bem até voltarmos.

- Mas e se algo acontece conosco e ele ficar preso aqui, sozinho e com fome?

- O que tu sugere? Levar ele conosco? Tá tudo molhado lá fora.

- Já sei. - disse Vic, e abriu um sorriso.

Ela correu até seu apartamento, e em 3 minutos voltou. Trazia um canguru de bebê e o mesmo sorriso estampado na cara. Vestiu o canguru e colocou o gato nele.

Chovia de leve, porém a água estava na altura da cintura de Vic, e nas coxas de Alex.

O gato ficaria semi-seco, a não ser que Vic caísse de cara na água.

RainmanOnde histórias criam vida. Descubra agora