Capítulo 8

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Acordei com barulho de chuva e com muito calor.
Tá um mormaço que... Aí aí.

Aínda era umas 21:00.

Levantei com fome mas imaginando se minha tia já havia chegado.

Desci as escadas, e ela estava com uma camisola sentada no sofá.

- Oi, tia.

- Oi, meu amor, como está você, já ia te chamar pedi pizza? - falou ela se levantando e dando um beijo na minha testa.

- Ata, Tô bem, cadê minha irmã?

- Ela decidiu ficar lá mais uns tempos, até mesmo pela empresa será mais útil.

- Entendo.

- Mas vem cá, vi que as luzes da casa ao lado estão acesas, por acaso... Tem alguém morando?

- Tem sim, o Henrique. Ele é legal.

- Tem um pai solteiro, para me apresentar? - falou ela rindo.

- Eca, tia. Mas não ele mora sozinho.

- Uuuuhm, quantos anos em?

- Tia, eu só conversei um minuto com o garoto, não puxei a ficha dele, tá.

- Okay, okay.

E então a campainha tocou. Corri para a cozinha (afinal estava com um shortinho moletom de dormir cinza e uma blusa de alcinha preta.) , para não atender. Minha tia revirou os olhos mas foi.

- Deve ser a pizza. - ela falou antes de chegar a porta.

Ela ficou atrás da porta pra abrir.

Fiquei na porta da cozinha esperando.

- Filha, é o Henrique. - fez uma cara de interrogação.

- Aah, nossa. - me surpreendi.

- Eh, não sabia que já estavam dormindo, me perdoem. - ele falou com uma cara preocupada.

Minha tia o repreendeu.

- Não, não estávamos dormindo.

- Ainda bem, vim cumprimentar a senhora...

- Senhora não por favor né, Eloisa.

- Me desculpa, Eloisa. - ele riu. - trouxe umas flores Pra comprimentar já que são minhas vizinhas e não conheço ninguém aqui além da Alicia.

- Nosso que fofo. Entre por favor. - e ela cochichou comigo - investe filha.

- Para tia.

Sentei no sofá e ele sentou do meu lado e me entregou uma caixa de chocolate.

- Não pensou que esqueceria de você pensou?

- A-Ahn, nossa, obrigada. Muita gentileza sua. Desculpa minha cara de sono tinha acabado de acordar.

- Tá linda do mesmo jeito.

Tenho certeza que fiquei vermelha.

- Também ganhou filha. Também vou querer viu.

Eles riram.

E campainha tocou novamente.

- Agora deve ser a pizza.

- Finalmente já tô azul de fome.

- Fica pra comer conosco? - falou minha tia para o Henrique.

- Nossa muito obrigado. Deixa que eu pago.

- Não rapaz, já paguei.

Ele foi até minha tia para segurar a pizza.

Além de lindo gentil... Socorro.

- Vou pegar um roupão e já desço podem ir se servindo.
ela já subindo as escadas.

Levantei do sofá depois de uma década e fui andando pra cozinha.

Quando virei ele estava me olhando com meia boca aberta.

- Quer um balde? - falei rindo.

Ele balançou a cabeça expulsando os pensamentos.

- Eeh an, desculpa.

- Venha logo.

30 minutos depois.

Depois de minha tia puxando a ficha do menino e da sua família.

Ele decidiu ir para casa.

- Bem até mais Henrique. Vou indo dormir. Boa noite filha - me deu um beijo na testa e foi.

- boa tia.

Levei ele até a porta.

- Você é sempre calada assim?
Encostado no batente na porta.

- Depende, mas hoje tive um motivo digno de ser respeitado.

Ele abriu um sorriso e disse : - Por que?

- Eu estava comendo, e isso é bem mais que digno.

Ele gargalhou.

- Você é demais sabia?

- Não pra todos.

- An?

- Nada não, pensando alto. Ah valeu pelos chocolates.

- Mas e aí? Que tal seu número.

- Que tal...? hoje não.

- Que tal amanhã?

- Tá bom. Amanhã vou estar raciocinando melhor.

Ele me deu um beijo demorado na bochecha e foi embora.

Agora sim eu durmo.

Deitei na cama e não pensei duas vezes... Agora só no dia seguinte.

(Alícia)Onde histórias criam vida. Descubra agora