Capítulo 9

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Acordei com minha tia falando alto.

- Meu Deus filha, você está queimando de febre.

- An... Tô com frio.

- Vim te chamar para o colégio, quando te toquei... Você desse jeito. Se ajeita que vamos no médico.

- Não, ma-tia, eu tô bem.

- Como assim bem, você tá queimando em febre.

- Não posso faltar hoje, tenho teste.

- Mas filha...

- Não mãe eu tô bem tá. - falei me levantando.

- Você me chamou de mãe...

- Eu o que?

- Chamou sim.

- Não, e-e licença tenho que me arrumar tia.

Fechei a porta e corri para o banheiro com a certeza que já estou atrasada.

Terminei de me arrumar e corri.

Por sorte quando cheguei no ponto o ônibus estava passando, peguei e fui.

Quando estou prestes a então no colegio ouço alguém me chamar...

Procuro pra traz mas só tem um rapaz que não me é estranho... Mas não ligo e tento ir...

Mas me chama de novo, não tinha mais nenhum aluno fora do colégio, realmente já estava atrasada.

Desse vez ele acena e atravessa a rua.

- Alicia? É você?

- Sim, quem é vo-você... Não... Diz que não é você por favor.

- Sou eu, Vinícius.

- O que você está fazendo aqui? - falei - Eu sabia que algo de ruim ia acontecer hoje. - Sussurrei e ele parece ter ouvido.

- Morei aqui muito tempo esqueceu?

- Acho bem difícil esquecer não é mesmo?

- Você ainda tem raiva de mim né?

- Raiva? Por acaso isso é algum apelido carinhoso para o que sinto por vc? - ele ficou pálido - Você estragou parte da minha vida e vem com essa cara sínica falar comigo, juro que não tô acreditando.

- Me Des-es-desculpa.

- Me erra tá. Vou indo que tenho uma vida pra viver e aulas pra assistir.

Virei as costas e sai.
Enquanto ele ficou parado, atônito, como se cada palavra tivesse atravessado ele é estava esperando os buracos fechar para reagir.

(Alícia)Onde histórias criam vida. Descubra agora