Depois de meia dúzia de aulas de francês já me sentia pronta para todo o romance que me esperava a cada biquinho, estava enganada. O romance clássico não é para mim, mesmo com toda a carga vintage que me veste, o romantismo não me cabe.
Meus pés permanecem no chão depois de tudo, depois de ter tudo em minhas mãos, o que me foi entregue sem exigências, sem trocas e sem exceções, meus olhos permanecem distantes no horizonte onde almejo por mais.
Não adiantou me segurar pela cintura e me erguer, eu não sorri, não suspirei com o suposto romantismo de todas as situações, faltava mais; faltava o conhecimento e o reconhecimento, eu não me reconheci no reflexo dos teus olhos, eu não te conheci nem na derme, não sei seus detalhes e isso vai alem das marcas de nascença.
Eu quis mais que a intimidade de sinais no corpo, quis a intimidate de pensamentos, profundo ou não. Mas, quem sabe eu esteja querendo algo fora do meu alcance, quem sabe seja cedo demais.
E entre todas a minhas pausas e duvidas, não me permito desistir, desistências não me vestem bem. Entretanto, a minha curiosidade pode vir a ter outro foco, outro assunto que prenda minha atenção assim como aconteceu com as aulas de francês.
Nesse momento tem minha atenção, tem meus olhos bem abertos e meus ouvidos também, me tem tentando e espero que tente, que tente mais do que te vejo tentar, quem sabe possa mais que isso, pois almejo por mais.
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