Você é como uma polaroid.
A primeira vista está em branco.
Eu tinha expectativas com o que eu iria ver.
Com o tempo descobri quem você era.
Foi aquela foto que deu errado.
Mas como é polaroid não da para consertar.
Mas como posso segurar aquela foto ali em minhas mãos, eu não consegui apenas jogar no lixo, não era apenas deletar, mesmo que eu tenha me decepcionado.
Te levava na carteira, te colei na parede, te postei no instagram.
Você ficou muito tempo no sol.
Foi desbotando.
Eu fui te esquecendo.
Você ficou branco de novo.
E entre minhas coisas, achei aquela foto jogada ali.
E me lembrei de quem você era.
Como era a foto.
E tive expectativas de novo, você estava em branco, você poderia ser qualquer coisa.
Mas você já era uma foto apagada.
Não ia aparecer nada.
Mas como antes não consegui te jogar fora.
Tenho a expectativas que esse branco vá embora.
Que você seja uma foto de novo.
Mas preciso de novas fotos.
Uma que não apague no sol.
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Tsunamis
PoésieTextos sobre o inevitável. Sobre a vida, experiências, decepções. Tudo que está enjaulado.