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KLARK

Estava com meus amigos na escola quando ouvi a notícia de uma ogiva sendo disparada. Minha escola entrou em estado de emergência e fechou as portas. Ninguém entrava ou saia.
Algumas horas depois, ouvimos que uma ogiva que continha um vírus foi disparada na atmosfera. Todos que tiveram contato com isso enlouqueceram. Viraram canibais. Literalmente. Começaram a se alimentar de pessoas sem se importar nem se era sua família.

-Parece que finalmente entramos na Era Zumbítica -Mason disse rindo.

-Isso não tem graça Mason. Tem ideia do que isso significa? - Disse Luna em ar de reprovação.

-Que finalmente vamos ter ação em nossas vidas.

-Ou perder todos que amamos. -Disse Luna meio triste. Ela tinha recebido a poucas semanas a notícia que seu pai tinha morrido na guerra.

-Luna tem razão. -Disse -Isso não vai ser nenhum pouco parecido com Resident Evil.

-Obrigada. Já assistimos The Walking Dead. Sabemos o quanto todos sofreram.

-Mas... convenhamos.... Imagina nós, vingadores, matando zumbis e salvando o mundo. Ia ser foda.

-Mason disse e concordamos com ele. Sempre quisemos ação em nossas vidas, e finalmente poderíamos ter agora.

Tivemos que passar a noite na escola. Dormimos em colchonetes e de manhã fomos liberados. Ao passar pela porta, soube o porquê da contenção. Columbus, minha cidade amada, foi atingida pelo vírus. Haviam militares em cada esquina, com armamento pesado e várias pilhas de mortos. Corri até minha casa.

Precisava ver se minha mãe e meu irmão estavam bem. Quase não acreditei ao ver minha rua arruinada, vi uma criança andando desorientada, logo percebi que era meu irmão. Mas ele não estava mais ali. Só o que sobrou dele. Percebi que não havia mais esperança ali, enquanto tentava acreditar e meu irmão tentava me pegar para se alimentar.

Fiquei perplexo demais para fazer qualquer coisa. Um militar me salvou, acertou a criatura que um dia foi meu irmão, me olhou no fundo dos meus olhos, e disse:

-O mundo acabou filho, mas não é por isso que a situação requer suicídio. Você me parece uma pessoa boa. Pegue aqui -pegou uma arma em seu cinturão. Uma pistola reconheci. Depois, pegou um outro cartucho cheio e me deu também

-Só use nos zumbis. Proteja quem você ama.

-Obrigado Senhor. Se importa de eu perguntar, mas você por acaso não viu uma senhora, de uns 40 anos, provavelmente com a roupa típica do Mcdonalds?

-Vi sim. Ela me atacou. Acabei ganhando isso -me mostra seu braço com uma mordida e tanto

-dei um tiro certeiro na cabeça dessa mulher. Espera... Era sua mãe? Eu sinto muito rapaz, não tive escolha.
Escutar aquilo acabou comigo. Soube que perdi os únicos que ainda se importavam comigo da minha família no mesmo dia. Lembro do que o militar disse e pergunto:

-O Senhor disse que foi mordido? Você sabe o que acontece com quem é mordido, né?

-Vejo que The Walking Dead ajudou muitos adolescentes. Sim, eu sei. -Ele olha para sua munição

- Pensando bem, se você continuar, vai precisar disso mais que eu. -Fala me levando ao seu carro. Tinha uma bolsa cheia de armas e munição.

- Em Seattle, tem um Centro Contra Vírus que está com um campo de treinamento. Estão treinando pessoas para lutar contra essas coisas. Você tem uma chance. Vou ficar com essa para matar os que vierem para cá. Depois atiro na minha cabeça. Boa sorte garoto. -Me entrega a chave e me joga dentro do banco do motorista.

-Sabe dirigir, certo?

-Sim, eu sei. Muito obrigado.

Vou a procura da Luna.

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