LUNA
-Eu sempre quis dirigir. —Disse meio sem perceber.
-Nunca dirigiu? Você tem quantos anos? —Perguntou Nate me tirando do transe que eu estava.
-16. —Olho para ele. —Ia começar as aulas daqui um mês. Mas nunca nem peguei num volante.
-Você não ia conseguir de primeira então —Ele disse rindo.
-Nossa.... O seu otimismo me assusta.—Digo sarcasticamente.
Ele olha para mim.
-Se quiser um dia te ensino.
-Eu ia adorar. —Digo ficando vermelha.
-As aulas começam hoje. Você vai trazer o carro de volta.
-O que? Mas...
-Eu vou te ajudar.
Chegamos num posto de gasolina. Olhamos as bombas e ainda tinham gasolina. Enchemos os galões que trouxemos e entramos para procurar mais.
Procuramos nas lojinhas de departamento do posto e encontramos uma com ala medica. Peguei algodões e gaze, alguns antibióticos e analgésicos, para caso acontecesse alguma coisa com um de nós, eu pudesse ajudar. Coloquei também esparadrapos, gazes e talas na sacola e fomos procurar coisas nas outras.
Tinha uma com objetos Nerd. Tinha uma espada e na placa de identificação dizia “Mordecostas, espada que Cronos deu a Luke em troca de sua fidelidade ao Senhor do Tempo. A espada é feita, parte de bronze celestial e parte de aço, significando que pode ferir tanto mortais, como meios-sangues, deuses e titãs”.
-Isso é tão incrível. —Exclamei. —Uma réplica perfeita.
-Você quer ela? Acho que eles não se importariam se a gente pegasse emprestada.
Ele quebrou o vidro de proteção. Achei que seria só de decoração, mas ela era muito afiada. Fiz um corte em meu dedo só de encostar. Nate pegou uma bainha para eu colocar ela e serviu perfeitamente. Parece que o mundo queria que eu ficasse com ela.
Pegamos mais algumas coisas e decidimos voltar, quando vou entrar no lado do passageiro Nate chama minha atenção.
-Ei, esqueceu da sua primeira aula? Vem, você vai se sair bem.
As palavras dele me passam confiança e entro no lado do motorista, ligo o carro e saiu, aparentemente tudo estava indo bem, ele estava me ajudando com as marchas e tudo mais, de repente um zumbi aparece no meio da estrada, com o susto acelero o carro e passo por cima do zumbi, começamos a rir logo em seguida.
-Então, não vou perder pontos pelo atropelamento não é. —Digo rindo, olhando para ele.
Ao chegarmos perto de onde montamos o acampamento, vimos nossos amigos sendo atacados por uma horda se zumbis. Saio do carro com a minha nova espada e decepando a cabeça de todos que chegavam perto.
-Peguem seus carros. Rápido, rápido.
-Falei enquanto mandava a cabeça de um para longe.
Mason entrou no trailer e Klark e Mérida iam pegar seu carro.
Depois de limpar caminho para eles passarem, voltamos para a caminhonete e saímos todos, um atrás do outro, sem rumo aparente.
Klark vinha atrás de nós, quando ele buzinou e todos paramos. Mérida sai correndo do carro em nossa direção.-Klark foi atingido. Ele está sangrando muito.
-Foi mordida? —Perguntou Nate.
-Não. Tiro.
-Mas.... Quem atirou nele, então? -
Perguntei.
-Acho que eu. Minha arma estava emperrada e quando eu virei disparou. Só que na hora não sangrou... O que eu faço. —Merida diz assustada
-Precisamos parar em algum lugar com água potável e uma cama. Olhe em volta, deve ter uma fazenda aqui perto. Fale para ele ficar pressionando com força. —Disse.
Voltamos para nossos carros e continuamos...
Uns cinco quilômetros à frente de onde paramos, encontramos algumas casas. Estacionamos na frente de uma e entramos. Klark não estava conseguindo andar e Mason o trouxe para dentro.Vasculhei pelos cômodos a procura de zumbis e ela estava limpa.
-Coloque-o na cama. —Tiro a blusa dele e procuro por marcas de saída da bala. Não encontrei. A bala ainda estava dentro dele. Olhei para eles com preocupação e pedi para o Nate buscar as coisas que estavam na caminhonete.
Procurei um kit de primeiros socorros e tinha um completo na cozinha. Provavelmente, os ex-moradores eram médicos ou enfermeiros. Dei um sedativo para ele, lavei minhas mãos, coloquei uma máscara e comecei a remover os estilhaços da bala. Nate entra me trazendo as coisas.
-Precisa de ajuda?
-Não. Obrigada. Só fique de olho nas coisas lá fora.
Continuei removendo. Quando achei que estava chegando no fim e sem complicações, um estilhaço corta uma veia e começa a sangrar. Enchi o lugar com gaze e consegui controlar. Retiro o estilhaço problemático, mas o sangramento ainda era outro.
Corri para a cozinha e peguei um incinerador, voltando para o quarto, esterilizo a veia e começo a fecha-lo. Suturei a ferida e fui na sala dizer que ele estava estabilizado. Mérida sussurrou baixinho um graças a Deus.
Fui no banheiro e tirei minhas luvas. Eu quero ser médica, mas pegar um paciente e operar de verdade muda tudo. Ainda mais quando é um grande amigo.
Fui checar para ver como ele estava. Ele estava bem. Sem febre. Tudo estava bem. Suspirei aliviada. Fiquei do lado dele até ouvir um grito.
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Vírus
ActionJá completava quase um semestre que a guerra tinha começado. Quase um semestre que crianças viviam com medo e enfrentavam tudo que outras crianças já haviam sofrido durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Guerras que foram causadas por motivos...