Novo Mascote

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Luna


Depois que conseguimos sair do puta sufoco de Wisconsin, pegamos a estrada e seguimos para Idaho. Estávamos muito cansados da noite anterior. Tinha um zoológico na entrada de uma cidade, precisa limpo e calmo, então, ficamos lá.

Fizemos uma varredura pelos blocos do zoológico. Depois nos juntamos numa cantina que tinha lá. Ainda tinha comida. Já fazia algum tempo que não comia bolinhos. Comemos, conversamos... O pessoal do grupo do Noah ainda estava abalado pela sua morte.

-Como vocês se conheceram? -Perguntei para eles.

-Noah nos salvou de um outro grupo. Ele estava sozinho. Eles tinham pego a Maggie para me ameaçar. Queriam informação. Ouviram falar de um outro grupo e achou que nós éramos dele. Depois disso, ficamos juntos. Sam e Ruby chegaram depois. Achamos aquele prédio a algumas semanas. Estávamos quase o chamando de lar. -Hunter respondeu.

-Eu sinto muito. E antes disso? Na guerra. Vocês perderam alguém?

-Minha família toda. E nem foi preciso de uma guerra. -Ruby com os olhos vermelhos respondeu.

-Meus pais e meu irmão morreram antes disso tudo. Acho que foi melhor. Não vão ter que passar por tudo isso. No final, não vale a pena. -Maggie respondeu.

-Meu pai, meus tios e até meus primos maiores foram para guerra. Depois minha mãe enlouqueceu e.... acabou se matando. Nunca mais tive notícias deles. Depois, Ruby e eu decidimos sair pelo mundo. Já está tudo ferrado mesmo. -Disse Sam olhando e segurando a mão de Ruby.

-Sempre fui o tipo "Lobo Solitário", sabem? -Disse Hunter com sarcasmo.

-Então... você não perdeu ninguém ou você não sabe se perdeu? -Perguntei.

-Você é sempre assim?

-Pergunte para eles. -Respondi lançando um olhar para Mason e Klark.

Ele esperou um pouco e depois respondeu:

-Não sei. E não me importo. Fico melhor sozinho. "Sozinho" sem eles. Tenho uma verdadeira chance de sobreviver aqui com vocês. -Ele fez uma pausa. -E você senhorita? -Perguntou olhando para mim.

-Perdi alguém na guerra sim. Meu pai. E com o vírus também. Minha mãe se transformou e mordeu minha irmã que eu tive que matar. -Disse normalmente.

-Tudo bem Luna? -Perguntou Klark.

-Não choro mais. Não faz mais sentido chorar. -Respondi.

Depois que terminamos de comer, com o silencio mortal que ficou, saímos e procuramos um lugar para dormir. O pessoal não queria dormir junto, então foi cada um para um canto.

Nate e eu, entramos na cozinha. Olhamos ela e depois pegamos uns travesseiros e colchonetes.

-Deuses!! -Falo espantada.

-O quê? O quê? -Ele perguntou assustado.

-Faz quanto tempo que você não corta esse cabelo? Está parecendo um ninho de pássaros.

-Foi mal ai, madame. Não tive tempo de ir no cabelereiro. Sabe... correria demais hoje em dia.

-Deixa que eu dou um jeito nisso. -Fico procurando uma tesoura.

-Ei, ei, ei, mocinha. O que você vai fazer?

Encontro uma tesoura e viro para ele com ela nas mãos.

-Só tirar as pontinhas. -Me aproximo dele e ele pega uma panela para usar de capacete. -É sério isso? Okay. Não vai ganhar a surpresinha caso você se comportasse -digo fazendo biquinho e olhando para ele.

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