Sacrifícios

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Klark

Domingo era um dia santo lá. Nos preparamos. Seria guerra agora. Não podíamos esperar mais.
Nos colocamos em frente à igreja. Abrimos a porta. O padre parou a missa e Morgan se levantou com raiva. Uma menina se levantou e ficou do lado dele. Ela devia ter uns cinco anos.

  -Papai... – ela disse e todos nos assustamos.

Tinham mulheres e crianças ali também. Não havia jeito daquilo terminar bem e Morgan com certeza não iria querer um acordo em paz.
Mas tudo aquilo tinha que acabar. Eles não pegavam só os zumbis. Eles mexiam com a vida humana.

-Saiam. Respeitem pelo menos à igreja.– Morgan disse.

-De que adianta pedir perdão se vocês continuam matando. – Disse.

-Em nome de todos os outros. – Ele gritou.

-Pelo menos eles se voluntariaram? Ou foram forçados a aceitar suas mortes? -Ele ficou quieto e abaixou sua cabeça.

-Minha filha está aqui. Entendo que estão com raiva, mas...

Enquanto ele dizia isso, um de seus aliados atacou Luna que, revidou acertando-o no coração. Ela o olhou no fundo de seus olhos antes de solta-lo.

-Não – gritou Morgan –Não ataquem mais a minha gente.

-Se vocês forem brigar, pelo menos respeitem a Casa de Deus – disse o padre.

-Não precisamos fazer. Estou tendo resultado – Disse Gregory que estava sentado na quinta fileira.

-E quantos mais precisariam morrer até isso? –Perguntou Nate.

-E o que vocês têm a ver com isso? Vocês não estão aqui nem uma semana.  Vocês são a minoria, e estão ferrados.

Mais gente se aproximou de nós. Nos cercando. Demos alguns tiros, mas não era nossa missão matar pessoas. Acabamos fraquejando e fomos apunhalados e capturados. Vi eles acertando Sam com o canto do olho, antes de eu desmaiar também.

...

Quando acordei, vi que os outros estavam presos, com os braços para cima e amordaçados, como porcos.  A sala onde estávamos tinha vários tipos de armas para torturas (facas, agulhas, bisturi...). Me fazia lembrar Jogos Mortais.

- Eles acordaram. – Disse Jane que estava com um joguinho na mão.

Morgan entrou naquele salão, amolando uma faca. Também estava com a espada de Luna.

- Essa espada já tem dona. – Disse Luna.

- Eu sei. Tenho grandes planos para ela. E.. Sabe, ela estava precisando de alguém mais macho. – Ele respondeu admirando a espada. –Agora.... Vamos para o acerto de contas.

Ele se aproximou de mim com a faca e passou sobre meu peito.
-É.. Está amolada.

Deu uma volta na sala e voltou para nós.

-Vocês sabem porque estão aqui, certo? Foram garotinhos malvados e precisam de uma lição. –Ele fez uma pausa. –Todos estávamos em paz aqui, até que vocês chegaram arruinando tudo. Quer saber o porquê dos experimentos? Acreditamos num mundo melhor. Isso salvaria muitos. Mas lógico... alguns precisam morrer. “Descobrimentos exigem experimentos”. Meu avô dizia isso para mim. Hoje eu entendo.

-Você é nazista. Ainda é leal a um cara morto. Você é uma das pessoas mais idiotas que eu já vi. –Disse Luna com o olhar torto.

Ele foi ao lado dela com a faca em seu rosto.

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