● Angel ● (Supernatural △)

Sorvete de moléculas

Dois dias depois, voltei ao bunker.
Eu e Stefan conseguimos solucionar o caso, foi apenas um psicopata procurado pelo FBI chamado Dave Blockman, que matou aquelas pessoas.

Eu e Stefan trocamos nossos números de celular, apesar de que ele seja um anjo e não precise de celular, ele usa pra falar com humanos.

Dean ficou puto comigo porque eu não atendi o celular por dois dias enquanto estava solucionando o caso, mas não posso fazer nada, estou puta com ele também.

- O almoço está pronto! - Ouço Cathy gritar da cozinha.

Ela pode ser meio chata, mas faz uma lasanha maravilhosa.
Praticamente corro até a cozinha e quando me sento na mesa já vou devorando o meu prato, sem esperar ninguém.

- Porca. - ouço ela falar baixinho mas não ligo e volto a comer.

- Cathy? Você cozinhando? - Sam chega por trás de mim e coloca a mo no meu ombro, ele percebe só depois de alguns segundos que não tem mais intimidade comigo para me tocar e tira a mão.

- Meninos... e Mary. Como vocês sabem, meu aniversário de 26 anos é daqui a dois meses e...

- Eu não sabia - interrompo mas ela volta a falar

- Então, eu decidi fazer uma festinha. Vou chamar umas 200 pessoas para um buffet que vai ter! Sam, vai ter aquela sua comida favorita, camarão com uvas passas!

Essa não é a comida favorita de Sam.
Mas ao invés de contrária-la eu decido ficar quieta.

- Era esse o seu recado? - pergunto - posso voltar a comer?

- Pode, porca. - Ela responde e Sam, Dean e Cass olham imediatamente pra mim com os olhos esbugalhados, mas tudo o que eu faço é repousar o garfo no prato e dizer a seguinte frase:

- Me chame do que quiser, se for fazer você se sentir melhor do que eu.

Sabe porque eu respondi assim? Porque eu estou cansada de brigar com Sam e Cathy toda hora, eu simplesmente cansei deles!
Mas que eu queria dar um tapa na cara dela, eu queria.

- Tudo bem. - Ela se senta na mesa, com cara de tacho.

Acabo de comer, lavo a minha louça e vou para o meu quarto.
Pego o meu celular e mando uma mensagem para Stefan.

"Oi
Quer fazer alguma coisa hoje?"

Uns vinte minutos se passam e ele manda outra mensagem.

"Oi!
Quero sim. Eu passo te pegar de carro, ok?
Hoje eu tô pela sua cidade então me passa seu endereço q eu chego em uns 30 min"

"É mais fácil eu ir até você hehe...
Vc vai se perder"

A gente acabou marcando de se encontrar numa sorveteria que tem na cidade, eu coloquei uma roupa curtinha pois estava calor, peguei uma moto que estava na garagem e fui. Não avisei os meninos nem nada.

Sinto que estou me afastando deles.

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Chego e ele já está sentado na mesa do canto.

- Demorei muito? - Coloco minha bolsa na cadeira e me sento.

- Não, acabei de chegar.

- Ótimo. Você já sabe o que vai pedir?

- Eu sou um anjo, Mary. Eu não como.

- Merda. Me esqueci disso.

- Eu percebi. - Rimos

- Eu vou pedir um sorvete de limão. - Saio da mesa, pego no balcão e volto.

- Quatro bolas?

- Eu tô com fome! Vamos lá, experimenta.

- Não posso, sou um anjo e...

- Você nunca comeu comida? - pergunto

- Nunca.

- Tudo tem a sua primeira vez. - Coloco uma colher cheia de sorvete na boca dele.

- Tem gosto de...

- Moléculas. - Falamos juntos e rimos.

Mas somos interrompidos pelo barulho do meu celular, era Dean me ligando.

- Alô?

- Mary? Onde você está? Você sumiu e...

- Relaxa Dean, eu tô aqui numa sorveteria com um amigo.

- Amigo? Você não tem amigos! Você só tem eu e Cass de amigos! Quem é esse amigo aí?

- O nome dele é Stefan. Relaxa, Dean! Eu volto daqui a umas horas. Te amo.

- Mary, quem é esse seu ami... - desligo na cara dele.

- Onde estávamos? - Coloco o celular em cima da mesa e ele começa a vibrar, Dean me ligando novamente. Eu clico para não aceitar a ligação mas cinco segundos depois o celular começa a vibrar de novo.

- Namorado ciumento? - Stefan me pergunta com uma cara engraçada.

- Não. Ele é meu irmão. Não de sangue, lógico, mas de coração. Então se preocupa comigo e com quem eu ando. E outra, eu não tenho namorado.

- Como uma garota como você não tem namorado? Sério! - Eu coro e ele ri.

- Não precisa ficar envergonhada não. - pega uma colher do meu sorvete e coloca na boca - É, continua com gosto de moléculas.

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