Julgando pelos olhos

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- Conta tudo sobre ele, Mary!

- Dean, não é da sua conta! Não precisa ficar preocupado assim, eu conheci ele no caso que eu fui, ele é um anjo que caça.

- Não existe anjo que caça, Mary. - Cass aparece na sala.

- Parem de me julgar! Por que não posso ter amigos?

- Por que não confiamos nele! - Sam também aparece.

- Legal, veio todo mundo aqui só pra brigar comigo?

- Sim! - Todos gritam.

- Okay, então vocês acham de todos irmos jantar? Aí vocês conhecem ele. A gente faz um encontro triplo: Dean com Beatrice, eu com Stefan e Sam com... Cathy. E Cass fica sozinho, mas relaxa que não vai ficar de vela, tá? - pego no ombro dele.

- Quando? - Sam pergunta

- Hoje, pode ser? Stefan está na cidade, então é mais fácil.

- Pode ser. - Dean fala. Sabia que ele não iria recusar um encontro com Beatrice.

- Eu tenho que conversar com Cathy, e ela tem que escolher o restaurante, senão não vai.

Reviro os olhos.

- Okay. Eu vou avisar Stefan.

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Chegamos no restaurante que Cathy escolheu: o restaurante era tão chique que serviam toalhas quentes molhadas pra gente passar nas mãos antes de comer. Me arrependi de ter ido de vans e calça jeans.

Dean, Cass e Sam fitam Stefan com com aquele olhar de julgamento.

- Então Bea, como está a sua irmã? - Quebro o gelo.

- Está ótima! - Ela percebe e puxa assunto também - Cathy, soube que você vai fazer uma festa de 26 mês que vem. Parabéns adiantado!

- Obrigada. - Ela encosta o rosto no ombro de Sam. - Vou ao toalete, Sammyzinho. Já volto.

- Então, Stefan. É esse o seu nome, né? - Sam diz quando Cathy sai da mesa. - Anjo caçador, né? Mary contou. Quais seres sobrenaturais você já matou? Por quê? Como chegou aqui?

Puta merda, ele estava interrogando Stefan.

- Então, Sam, eu comecei caçando há alguns milênios atrás. Já matei Wendigos, fantasmas, demônios, anjos, metamorfos, lobisomens, vampiros e bruxas. Tem mais, mas eu ficaria horas falando. Eu caço pelo mesmo motivo que vocês.

O olhar de Sam sobre Stefan chegava a ser cômico, ele estava com os olhos apertados.

- Cheguei, o que eu perdi? - A namorada de Sam se senta e voltamos a comer.

- Nada não. - respondo.

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O jantar acabou e já estávamos indo até nossos carros, Stefan estava me acompanhando até eu parar no meio do estacionamento.

- Mary, está tudo bem?

- Não. Eu queria pedir desculpa pelo comportamento dos meninos no jantar. Eu fui burra por não adivinhar que isso não aconteceria.

- Mary, você não tinha como adivinhar que eles iriam me interrogar e quase me comerem pelos olhos, você não tem uma bola de cristal. E outra, eu gostei do jantar, e você está linda.

Sorrio sem mostrar os dentes e olho para o chão, envergonhada.
Ele pega no meu queixo, ergue minha cabeça e e inclina seu rosto para perto do meu, se aproximando cada vez mais, e...
Uma luz forte vai na nossa cara, nos fazendo afastar.
Era o farol do Impala, e Sam estava na direção.

- Desculpa, pessoal! Apertei o botão errado sem querer, hehe... - Ele desliga o farol.

- Seu ex ainda não te superou. - Stefan sussurra no meu ouvido.

- Como assim "não me superou?" Ele me odeia.

- Não é o que parece. - dá um beijo na minha testa. - Boa noite, Mary.

- Boa noite, Stefan.

Me viro para frente do Impala e ando até ele, e posso perceber o olhar de Sam sobre mim. Ele me segue com os olhos  eu entrar no carro.

- Que foi? - pergunto e ele vira pra frente.

- Nada.

- Amei o jantar, Sammyzinho! Foi muito especial! - Cathy diz no banco da frente.

Stefan está errado.
Sam me odeia.

● Angel ● (Supernatural △) Onde histórias criam vida. Descubra agora