Melancolia é nois

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Xícaras de café,
Substituíram o conforto dos abraços,
Apagaram as memórias ruins,
E aqueceram mais um dia de frio.

As páginas do meu livro,
Possuem palavras sem sentido,
Poesias sem versos,
E histórias sem final.

O relógio na minha parede,
Conta o tempo de trás pra frente,
As horas se arrastam no infinito,
E você me vem a mente, saudade.

Pássaros em minha gaiola,
Outrora felizes e inquietos,
Agora calados e cabisbaixos,
Será que seu canto era um pedido de liberdade?

Água pinga na torneira,
Gotas cristalinas e cheias de vida,
Ou seria seu brilho,
Uma representação da frieza da morte?

O relógio continua seu ritmo,
Tic tac, seu coração bate,
Será que eu mudei demais,
Ou foi o mundo que girou e eu não vi?

O chão frio em que piso,
Consegue me gelar a alma,
Lembro que você está distante,
E a sua falta se torna enorme.

Na minha frente uma TV,
Diversos rostos,
Fúteis, sem vida, vazios,
Sorrisos falsos são moda hoje em dia.

O céu lá fora sorri para alguém,
Pois o sol brilha tão belo,
Que me faz querer chorar,
Quando vejo que ele não brilha mais para mim.

Vou voltar para meu livro,
Pois tanto ele quanto eu,
Nunca fizemos muito sentido,
Cabe a outros nos interpretar.

Não esqueça de mim enquanto estiver longe,
Pois eu nunca me esqueci de você,
Eu nunca fui bom com palavras,
Mas eu te amo, só não sei dizer.

Coração de Madeira Onde histórias criam vida. Descubra agora