Estrada vazia,
Neblina, silêncio,
O sol não se atreve a bater no asfalto,
Onde está sua imponência agora?O topo do morro,
A beirada do sonho,
Cintila no céu a estrela,
Adeus sanidade.Andando em ponto morto,
Aguardando o som do gatilho,
Que faz o mundo girar,
Devaneio, o que está acontecendo?A ponta da caneta,
Tinta vermelho sangue,
Com ela se escrevem histórias,
Ou se destroem vidas?Difícil pensar,
Ar não é o que preenche meu pulmão,
Contemple meu batismo em ironia,
Nas águas do sarcasmo.Formas vazias andam na metrópole,
Fantasmas,
A pergunta que se faz,
É a de quando deixaram de ser eles mesmos... marionetes.Sentado em cadeiras,
Vidrado no vazio,
Lago de fogo,
Queimando neurônios.Suspiros cansados,
Esquecidos,
Sufocados pelas várias pedras,
Colocadas no seu túmulo.Sua vontade é o aço,
Que só dobra com o calor,
Calor,
Das palavras frias que saem da alma.Estrondos estouram tímpanos,
De quem se interessar em ouvir,
Enquanto flagelam a alma,
Daquele que virar as costas a tais palavras.Sua vontade escala montanhas,
Em ritmo vigoroso,
Mas só é preciso de uma pedra,
Pra te fazer desmoronar.Figuras medonhas passeiam pelo teto,
Dizendo o que quer esquecer,
Todas tem o seu rosto,
Seu maior inimigo é você mesmo.