Doce paz

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Algo
Andou me fazendo pensar
Andou me tirando o sono.

Convicção em forma de grãos de areia
Pertenciam a um jarro de vidro
Agora quebrado
O jarro, minha mente

Ainda sim haviam lágrimas
Clamando por paz
Na tempestade, no mar furioso
O mar, meu mundo

Meu sonho, meu caminho
Solidão nunca foi minha escolha
E se tornou meu destino

Barulho alto, no fundo do peito
Meu pulmão que insiste em trovejar
O coração, pobre coração
Que alguém viera pisar

Nas mãos eu vejo cortes
Não de lâminas
Mas de vida

Sorrir, chorar
Chorar, chorar

Ainda sim eu procuro
Quem me salve do abismo
Mas não encontro nem a mim mesmo

Difícil, suicídio
Irrelevante, passageiro

Pedras largadas no chão de mármore
Paredes pintadas de melancolia
Chuva cai lá fora, aqui dentro
Ironia

Ahh, o som
Doce som
Silêncio no meio da multidão
O vazio ensurdecedor

Ainda sim
Sou tolo de me perguntar
Teria ficado?
Faria diferença?

Seus erros
Não cabem nessa parede
Que eu construí
Que você construiu

Respirar pela manhã me acorda,
Apenas para morrer novamente
Todo dia
Todo dia

Coração de Madeira Onde histórias criam vida. Descubra agora