No meio de tantas palavras
Eu me esqueci, me perdi
Não consegui mais encontrar
Nunca pudePra quem escrevo?
Sendo que cada uma dessas palavras
São feitas para ninguém
Tentando encontrar alguém
Refletindo o meu desesperoCuspindo poesias sem piedade
Cada texto, mil idéias
Mil linhas, o que resta?Expressão da minha frustração em peso
Desejo, medo
Afogam minha mente na dúvida
Preciso saberNão há muitos motivos
O brilho no olhar sumiu
No seio do meu lado criativo
Meu castelo ruiuTalvez o fogo apagou
Me reduziu a brasas
E eu contemplo no espelho
O arquiteto da minha própria destruiçãoUm eu decadente
Que se tornou rotina
Nos meus dias