POV Madu
Já faziam 6 dias que eu estava nesse inferno de clínica, o meu psiquiatra vinha aqui diariamente, de 2 em 2 horas me checar, ver se estava tudo indo bem. Ele parece ser uma pessoa boa mas eu não gosto dele, ele vive me fazendo perguntas esquisitas, perguntas que me fazem chorar e refletir, o que eu menos gosto de fazer é pensar.
Estava deitada na cama de meu quarto quando escutei a porta ser aberta, meus olhos se arregalaram ao ver Shawn passar pela mesma, bufei sentindo uma raiva excessiva tomar conta de mim, o que ele veio fazer aqui?
-Sai daqui -Disse me levantando, as enfermeiras encaram Shawn e sussurraram algo do tipo "não se aproxime", ele as ignorou e caminhou em minha direção me fazendo bufar a cada passo que ele dava para perto de mim
-Você é surdo ou tá a fim de apanhar mesmo? -Meu tom de voz se elevou mas ele continuou a se aproximar, seus olhos marejavam mas naquele momento eu simplesmente não dei a mínima
-Madu, eu não vou te machucar -Suas mãos foram até a minha cintura mas eu me afastei o fazendo suspirar
-Shawn você já fez o bastante, você me colocou aqui, agora sai, eu não quero ver a sua cara nunca mais
-Por favor, Madu
-Por favor você, Shawn! Sai daqui
-Eu não posso ir embora sem te tocar -Ele falou se aproximando mais e mais de mim, ia caminhando para trás a medida que ele se aproximava, até que eu senti minhas costas colidirem com a parede, meu coração palpitava, minha respiração falhou ao ver os lábios de Shawn acercar os meus
-A única coisa que você vai sentir vai ser a minha mão na sua cara se você não sair daqui agora
-Madu, por favor
-Me deixa em paz -Gritei e o empurrei com força fazendo o mesmo colidir com o chão, as enfermeiras se aproximaram de mim e prenderam minhas mãos enquanto eu me debatia, uma delas injetou uma substância em meu braço, provavelmente um sedativo pois segundos depois minha visão já estava totalmente turva -Shawn, se você me ama nunca mais volta aqui -Falei baixo por conta do sedativo e pude sentir minha visão escurecer, agora eu não via, não sentia, não escutava mais nada, só sabia que infelizmente estava viva
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Acordei em um quarto totalmente branco, uma cadeira se posicionava em meio o mesmo, as paredes eram macias, assim como o piso, olhei para o meu corpo finalmente percebendo que eu estava em uma camisa de força, agora eu sou oficialmente louca.
Escutei a porta sendo aberta e de lá saiu meu psiquiatra que logo adentrou a sala, ele sentou na cadeira a minha frente e me encarou por alguns segundos, seu olhar era desprezível e tudo o que eu queria saber era o que ele estava pensando.
-Achei que você nunca iria vir para cá, parece que eu estava errado
-Sinto muito se vocês deixaram o meu ex, que contou pra minha mãe que eu me corto e é o motivo de eu estar aqui, entrar no meu quarto, a partir do momento que eu me estresso eu não sou responsável por meus atos
-Sim, você é, você tem que se controlar e eu estou aqui pra te ensinar -Sua voz soava calma e aquilo me estressava, naquele momento qualquer coisa era motivo para estresse
-Por quê? Por que eu sou louca, desequilibrada que precisa de alguém pra se sentir melhor?
-Você demostrou ser isso hoje porque a 15 minutos atrás eu achava uma injustiça você está aqui neste lugar -Sinto minha consciência se pesar com aquela frase, por isso eu não gosto de psiquiatras
-Viu como você não tem nada a dizer, você sabe que agiu de forma errada mas é teimosa de mais para aceitar isso
-Eu não sou teimosa
-Então o que você é? -Depois daquela pergunta um silêncio tomou conta daquele quarto enquanto eu tentava formular milhares de frases para responder aquilo e parecer alguém normal que tem uma ótima auto-estima
-É difícil pensar coisas boas sobre si, não é? É difícil formular a sua identidade se você não sabe o seu significado para os outros, quer saber o que eu acho de você? -Meu psiquiatra disse e eu o encarei confirmando com minha cabeça
-Eu te acho uma menina insegura, sozinha mentalmente mas com milhares de amigos, fechada, dramática, amada, sim você é alguém amável, se não fosse esse seu namorado não teria vindo aqui, ele teria te esquecido, você não da valor pelo o que as pessoas fazem por você -Lágrimas desciam descontroladamente sobre o meu rosto, aquilo foi como um tapa na minha cara, um dos tapas mais fortes
-Me tira daqui, por favor -Murmurei em meio às lágrimas que ainda deixavam meus olhos
-Tudo bem -Ele disse e caminhou em minha direção, ele se agachou em minha frente e tirou a camisa de força com um pouco de dificuldade me fazendo rir
-Não é legal rir da desgraça dos outros -Ele diz me libertando daquela camisa e eu sorriu me levantando, meus braços formigavam e um sentimento momentâneo de liberdade me atacou
-Obrigada -Falei observando freneticamente os olhos do terapeuta a minha frente
-De nada, Maria Eduarda- Ele falou e acho que foi aí que ele me, porque de repente o ódio que eu tanto sentia por ele se apagou
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Agora é oficial Brasil, Madu é louca, tudo o q sinto é pena do Peter Pan vulgo Shawn
Veremos o q vai acontecer....
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FRIENDZONE - Shawn Mendes [CONCLUÍDA]
FanfictionEla nunca o olhou com outros olhos, até tudo mudar por conta de uma mensagem Plágio é crime!!