Capítulo 35 - Problem girl

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Pov Madu

Depois de alguns minutos nós finalmente terminamos a sessão, Jeff, meu psiquiatra, tínhamos o costume de tomar sorvete depois da sessões, digamos que ele roubava alguns potes de sorvete que as cozinheiras escondiam. Então, nós decidimos ir até a sorveteria, Jeff costumava a dizer que a melhor forma de afogar nossas mágoas era em sorvete, porque assim nós poderíamos as congelar e elas só poderiam ser descongeladas com o calor do amor que logo conseguiria curar tais feridas.

Vejo Jeffrey como um pai, uma âncora, a pessoa que eu posso confiar e que sempre estará por mim em meus piores dias, Jeff foi a minha razão, o meu motivo, para seguir em frente e não desistir.

-Morango com chocolate? -Ele perguntou ao ver o garçom se aproxima de nós

-Com bastante granulado -Digo sorrindo e ele assente, Jeff faz nosso pedido e eu o observo enquanto isso, eu não sabia o porquê, eu só o observava, observava o motivo pelo o qual eu ainda estou viva, pode até parecer meio dramático, mas se não fosse por ele acho que hoje eu não estaria aqui

-Como tá a escola? Já que a gente passou a sessão toda falando sobre Shawn Mendes

-E isso te incomoda, sr. Jeffrey? -Pergunto sorrindo e ele revira os olhos

-Para de ficar dando em cima de mim, já falei que eu sou muito velho pra você- ele diz e eu gargalho

-Bom, vamos falar sobre a minha escola, eu odeio aquele lugar

-Ah, entendi por completo o seu problema

-Idiota, mas sério, tem umas novas pirralhas que ficam achando que são alguém, enfim, odeio elas, elas são ridículas, pensa em uma pessoa ridícula, pensou? -Pergunto e ele assente- Múltipla por 5 e depois por 1.000.000.000, te apresento as pessoas mais insuportáveis daquela escola

-Quanto ódio, jovem -Ele diz e eu suspiro rindo, não sabia se ria ou se chorava de raiva

-Elas são ridículas, eu não suporto mais, e olha que essa foi a primeira semana, quando passar um mês eu já vou estar morta

-Já pensou em trabalhar nesse seu drama? -Ele pergunta e eu reviro os olhos

Nossos sorvetes chegaram depois de um tempo, nós ficamos por mais algumas horas conversando mas logo fomos embora, ele me levaria até em casa porém o imprevisto aconteceu, como o filósofo Finn costuma dizer, "merdas acontecem".

-Olha se não é a doidinha?! Tá gostando da escola ou vai dar crise lá também? -O mesmo grupo de meninas de minha escola apareceram logo após Jeff ter virado a rua e caminhado para longe

-Licença -Digo tentando passar meio a elas mas as mesmas logo me empurram me fazendo cair no chão

-Desculpa, doidinha - uma das menina diz e suas capachos riem, como eu odeio elas e seus clichês de filme adolescente

-O esporro que Shawn te deu não foi o suficiente? -Digo tentando me levantar mas logo observo um machucado em meu anti-braço, suspiro e me levanto

-Ele só estava estressado, ele sabe muito bem o que nós vivemos embaixo do edredom

-Não sei como você tem a capacidade de me chamar de louca, sendo que quem alucina é você, licença vadia -Tento passar meio a elas mas uma delas me empurra ao chão de novo

-Olha como você dirige a sua palavra a mim

-A quem? A uma pirralha necessitada de atenção?! -Digo e sinto uma delas chutarem minhas costas, aquilo doeu inexplicavelmente, e não parou por ali, chutes e mais chutes, elas não paravam depois de alguns minutos eu já não conseguia identificar o que elas estavam chutando por que tudo doía, lágrimas deixavam meus olhos desesperadamente, eu havia a esperança de que o choro pudesse fazer algum milagre mas eis a realidade chorar não adianta de nada

FRIENDZONE - Shawn Mendes  [CONCLUÍDA] Onde histórias criam vida. Descubra agora