Capítulo 1

62 7 0
                                    

O QUEBRA CABEÇA

Abriu um junho no horizonte, tempo gelado para começar uma história. Mas é daqui, que me veio aquela primeira sensação. Eu e minha Lilith, uma velha moto que comprei, cortava os ventos glaciais de uma nova vida.

Consegui comprar a lilith com um pouco de dinheiro que a tempos adquiri com meu antigo emprego.

Anos que fazia de minha vida uma prisão.
Trancafiado e acorrentado pelas horas de um tempo que rápido se passava a consumir minha vida.
Mas isso se formava uma alavanca de um mecanismo dessa história que vou lhe contar.

22 de junho de 1986, os tempos se formavam, mas leves após a saída para minha longa jornada.
A busca, construía a minha frente a grande ponte, da nova vida.
Parado em baixo de um viaduto por causa da chuva forte, tirei o capacete e apertei os zíperes da jaqueta de chuva. O frio era também forte, mas com essa roupa não fazia tanto assim.

Observava que os carros rompiam a chuva com dificuldade, e ondas se faziam ao passar, alguns paravam. Aquilo tudo fez me lembrar o passado que me assombrava entre um pensamento e outro. Talvez nem fosse uma viajem, mas uma fuga de mim mesmo em busca de um milagre.

Já estava ficando alagado onde estava, ventos assopravam às gotas chegando nos lugares secos mas, a natureza com seu mistérioso tempo o mesmo tempo que determina a vida, o mesmo que regem e reagem as forças ocultas do universo e com a regência da natureza os ventos foram diminuindo e a água foi abaixando suas correntezas que cobria o asfalto.
Mas não dependia de tempo ou de prazos por mim ali poderia se estender o tempo que fosse necessário à a vida.

E agora, já era meu tempo de continuar. Coloquei o capacete levantando a viseira e coloquei em curso a lilith.

Depois de viajar em sentido do astro luminoso O sol já se preparava para o sono da noite convidando a lua para renderá nessa vigília celestial.
A notas dos tons laranja escuro pincelava o céu, o vermelho se misturava com o azul negro da escuridão e a trilha de estrelas brotavam depois de andar muitos quilômetros
Eu tinha que arrumar um lugar para recompor minhas forças e minha coluna que agora me matava. Contava que encontrar-se um vilarejo ali.

Foi quando, longe pontos de luz amarelas e brancas brotavam na escuridão, era meu lugar para recarregar.

Luzes amareladas de postes iluminavam a lilith, o corpo de metal preto com finas listras vermelhas desenhava o design meio esportivo, um grande olhos prateado ilumina o caminho com chifres quase retos deitados sobre a cabeça, o motor roncava como se desafiasse o mundo em gritos de um animal sem medos.
As casas apareciam uma a uma e se montava uma cidadezinha do interior quieta de longe só o barulho do motor de lilith aparecia ecoando nas paredes.

Mas entrando na cidade vi então pessoas em suas portas senhoras a busca do vento. Deduzi-a pelo calor que fazia diferente de outrora. Um bar onde homens e mulheres jogavam sinuca, a rua comprida se fazia o centro desse lugar.

No final da rua uma igreja católica com as portas fechadas.
Estacionei a moto, tirei a chave enquanto puxava o capacete, era um hotel no meio da rua principal.

- olá, Boa noite bem-vindo ao hotel. Trinidade, disse a moça com um sorriso elegante atrás do balcão.

- Boa noite, um quarto por favor vou passar a noite.
- aqui está a chave.
- moça onde posso estacionar minha motocicleta em lugar seguro
- temos um estacionamento senhor, pode deixá-la, lá, sem preocupação fica a traz do hotel.
-Muito obrigado. Agradeci com mais tranquilidade.

Número três era o número do quarto, o hotel estava quase cheio pelo movimento.

Peguei minha moto e levei ela lá pra traz um portão se abriu e estacione embaixo de uma tenda.
Dei a volta no hotel e um lugar mas escuro na lateral, um casal se enrolaram numa dança sexual.
Passei sem incomodar.

O Quebra Cabeça BTK 2543Onde histórias criam vida. Descubra agora