Ao meio da densa e vermelha poeira o bico do avião de vicko surgia. A tremula imagem ao olhar o horizonte pela janela. Sabia que ainda teria que pegar um ônibus para o local.
Minhas anotações são poucas sobre o caso, mas os mortos dizem muito, quando partem sem a permissão divina.
Devo ir ao necrotério, será o primeiro passo nesse caso.
Envolvido com o caso não percebi que alguém sentou ao meu lado um antigo parceiro por acaso ele que me treinou em antigos tempos Domingos Dias e sua voz me arrebentou os pensamentos distantes.— Você está acordado vicko
— O quê. Falei sem olhar
— Você parece que nem dorme não é vicko.
— Domingos? — O meu Deus, quanto tempo.
— Significa que não morri.
— Onde esteve? — Depois que aposentou sumiu.
— Tive que parar pra viver. — Estava cansado de carregar o distintivo e as mortes.
— Eu entendo. — Pra onde está indo?
— Vou pegar outro avião para encontrar com minha filha ela está me esperando em uma praia com água de coco e uma rede.
— Era o que você queria.
— E você trabalhando?
— É.
— Assassinato ou Assassino?
— Parece que não é comum, um louco fascinado por olhos.
— Vicko, cuidado "pelas janelas conseguimos olhar pra dentro e pra fora" — Um artista, é o que eles pensam quê são, nunca deixam a vaidade, use isso.
— Obrigado pelo Conselho.
Apertamos às mãos e devemos com destinos opostos.
Mas em outra hora ao balançar de um ônibus, sabia dentro de minha casca, que aquilo não seria por acaso, um encontro forjado pelas incalculáveis frações de um tempo em resultados matemáticos tronchos de uma lousa no universo. O resultado em um daqueles minutos seria a base para um mês ou um ano ou até mais. Teria eu que parar o tempo e gravar, repetir interpretar até absorver o que Domingos disse.Ao descer do ônibus um bafo quente me recebeu em um abraço infernal.
A rodoviária era a más comum ao não ser pelo fato de que existiam poucas casas por perto e as frutas eram típicas do lugar.
Comprei um cigarro e tirei o blazer ficando somente com a camisa de botões branca.
Sentei em um banco e observei um pouco a movimentação enquanto o cigarro contava o tempo ao início do trabalho.
A linda mágia da simplicidade com complexas fases e estágios de experiência como uns monges no Tibete o ambiente era calmo. A um pêndulo de conceitos de busca ao choque social, mas radicalmente pensava agora o que entrava em minha ira era o assassino escolhendo um local de um terreno que se entrava a cada mente de poucas testemunhas.
Um policial vinha em minha direção provavelmente a mandado do delegado da cidade.— Opa.
— Olá sou Matias vim aqui para te buscar.
— Victor saliere.
— Vamos?
— Vamos.
Uma viatura da polícia tomava o rumo da delegacia passando pelo comércio da cidade; bares, restaurantes, mercearias. Nenhum prédio ou banco só uma igreja ao final da principal para acertar suas dívidas.
Na delegacia poucos homens acompanhava o delegado para controlar a cidade.
— Senhor vicktor? Suponho.
— Delegado?
— Teixeira.
— E a viajem? Perguntou o delegado passando a mão na barba.
— Longa.
— Preciso ver os corpos.
— Claro ainda da pra pegar o velório da prostituta. Disse o velho com um tom estranho.
— Velório?
— Detetive não tem necrotério.
— E os sacos?
— Nunca chegaram para nós.
— Vamos ao velório.Criando o alto diálogo eliminando o externo raciocínio que parecia meio suspeito ou desatento. Precisava agora abrir o leque de opções não poderia esperar tanto da história de um morto agora porque não poderia ficar a sós com ele.
— Vou precisar dos projéteis.
— Tudo bem vou providenciar.
— Chegamos.Uma casa da própria funerária fazia o velório talvez pago por companheiras de trabalho da mulher deduzindo pelas pessoas que se encontravam ali.
— O que fazem aqui? Perguntou uma mulher de meia idade. — Não queremos assassinos aqui
— Cale a boca sua puta.
— Acalme-se delegado. Pronuncie tentando acalmar os ânimos.
— Eu não acato nenhuma ordem de um tipo desses, você deveria fazer o mesmo.
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O Quebra Cabeça BTK 2543
Mystery / ThrillerAbriu um junho no horizonte, tempo gelado para começar uma história. Mas é daqui, que me veio aquela primeira sensação. Eu e minha Lilith, uma velha moto que comprei, cortava os ventos glaciais de uma nova vida. Consegui comp...