O Mistério dos Ventrue

Uma Cena do Crime

Uma Cena do Crime

Constantine segue Eric até um camarote da boate. Ele estava levemente com medo que seu senhor tivesse mudado de ideia e ele deveria continuar o servindo por mais alguns anos. Constantine mal pode gozar da liberdade de ser um neófito. Os dois Brujah seguem até o camarote e abrem a sua porta.

Lá estava um casal. O homem era loiro de olhos azuis, possuía um maxilar largo e vestia um terno negro, com anéis brilhantes nos dedos e um relógio caro, com joias. A mulher tinha um vestido negro, que parecia mais uma névoa envolta dela, e não tocava o chão. Seus pés flutuavam no ar. Ela parecia ter sido abraçada, isso é, transformada em vampira numa época mais velha de sua vida, pois aparentava ter uns cinquenta anos, apesar de ainda ser extremamente atraente.

–Constantine, esse é o Príncipe Richard Stanford III e esta é a Harpia Elayne Nagga. –Diz Eric Lee.

Constantine faz uma reverência aos dois.

–Educado para um Brujah. –Diz o Príncipe. –Talvez esteja pensando em mudar de Clã? Ouvi dizer que os Brujah Verdadeiros estão aceitando outros Brujah.

Os Brujah Verdadeiros afirmam que o líder do Clã Brujah não gostaria que o clã levasse o rumo que levou. Os Brujah são ditos como anarquistas loucos, raivosos e furiosos, que usam mais os músculos do que o cérebro. Isso é porque Eliot, a primeira prole do fundador do Clã Brujah, que também se chamava Brujah, diabliriezou seu senhor. A Diablerie é quando um vampiro suga o vitae, isso é, o sangue de outro vampiro, até sua morte. Esse processo absorve os poderes, conhecimentos, talentos, atributos e até mesmo a alma de quem sofre. Eliot então, assumiu o Clã Brujah, fazendo ele tomar o novo rumo. Os Brujah Verdadeiros lutam para que o Clã volte a ser o que era quando se originou, focando mais no mental e na capacidade intelectual de seus membros.

–Não, senhor. –Responde Constantine. –Sou fiel ao meu clã e ao meu senhor, assim como sou fiel ao senhor, à Camarilla e ao meu primogênito.

–Pode parar de papo furado, garoto. –A Harpia diz. –Ninguém aqui vai de parabenizar por ser fiel à Camarilla. Mesmo sendo um Brujah, essa é sua obrigação. Agora, permaneça-se calado.

O Príncipe era a maior autoridade da cidade, pelo menos enquanto o Círculo Interno da Camarilla não decidisse mandar alguém maior para lá. Harpias são as administradoras dos segredos na Camarilla. Existiam dez harpias ao todo na cidade de Nova York. Elayne Nagga era conhecida por ser a maior e mais poderosa delas. Do Clã Toreador, ela usava sua aparência e sua manipulação para obter os segredos daqueles as quais ela não gostava.

–Temos um problema, Sr Windfield, e nós achamos que o senhor pode nos ajudar a resolvê-lo. –Diz o Príncipe. –Há poucos minutos, um banco financiado pela minha família foi atacado. Ele está a alguns quarteirões daqui. Preciso que você e as pessoas que estavam na sua mesa vão analisar o que houve. Tudo indica que... –O Príncipe parecia preocupado. –Foi um ataque do Sabá na cidade.

O Sabá, também conhecida como Espada de Caim, é a Seita rival à Camarilla. Enquanto a Camarilla presa pela coexistência de vampiros e humanos, principalmente pela razão numérica do segundo grupo, o Sabá presa pela superioridade cainita, alegando que eles são superiores aos humanos, portanto, deviam se portar assim. Além disso, a Camarilla presa pela tradição, o que o Sabá não é tão a favor assim.

As táticas de guerra do Sabá focam, no início, tirar o máximo de recursos possíveis do adversário sem atrair mais inimigos. Ou seja, eles quebram a máscara o suficiente para fazer a Camarilla gastar tempo e dinheiro para consertar isso, mas não o suficiente para atrair caçadores de bruxas, que, apesar do nome, caçam qualquer tipo de criaturas sobrenaturais.