Metamorphosis (Hiatus)

Cap.15 - Room part.1

Desculpem a demora!!

Aaah...essa mídia...

Depois de contar a Ariana tudo sobre o meu dia, ocultando a parte em que encontrei Jackson pois ela iria desviar totalmente do assunto para falar do loiro, ela me disse que estava orgulhosa de mim por não ter desmaiado em frente a Lauren, depois reclamou quando eu lhe dei um tapa fraco no braço. Ela falou como se eu fosse um daqueles bobões apaixonados, e eu não sou, mesmo que muitas vezes eu pareça um. A ruiva me disse que haviam dois, e apenas dois, motivos para que Brad agisse daquela forma quando me viu com Lauren.

¹° "Ele se sentiu ameaçado, afinal, Lauren provavelmente falou bastante de você para ela, e há fotos suas com ela na casa dela. Vi hoje mais cedo quando eu e sua mãe fomos ate lá. Sra Jauregui nos convidou para um chá e eu pude notar isso. Então o cara deve estar se mordendo de ciumes de você e até mesmo medo de perder a garota dele para o antigo amor dela."

2° "Ele é um babaca de marca maior."

A princípio quis pensar apenas que ele era um grande babaca e ignorar o fato de que a família Jauregui ainda tem fotos minhas com Lauren e seus irmãos quando éramos pequenos. Me faz pensar que eu sempre fui o errado, me faz se sentir mau por ter ido embora, mesmo que não tenha sido culpa minha. É como se eu tivesse seguido e apagado tudo de mim e eles não. Mesmo que nada disso seja verdade.

Apesar de não ter as nossas fotos enquanto estava em Cuba e depois New York, eu nunca me esqueci do tom de verde dos seus olhos ou a maneira que suas bochechas ficam vermelhas quando esta envergonhada, ou até mesmo o jeito que ela me olhava enquanto eu estava abaixado aos seus pés amarrando seus cadarços, mania essa que ela ainda não conseguiu deixar de lado.

Eu nunca gostei de ve-la mal ou chorando, eu me sentia triste como se pudesse sentir sua dor, e de fato eu conseguia. Quando ela tropeçava em seus cadarços desamarrados e ganhava um belo arranhão no joelho, eu me sentia péssimo por não ter notado que ela havia se esquecido, novamente, de amarra-los. Mesmo que aquilo não fosse culpa minha. Eu sentia uma grande necessidade, e até mesmo obrigação, de cuidar dela.

No fim daquela tarde eu estava sentado próximo a janela observando o céu alaranjado, senti vontade de vê-la na janela de seu quarto, mas ela não havia chego em casa ate então. O que me fazia querer parar de pensar nela, pois ela deveria estar com ele em algum lugar. Talvez em sua casa, e seus pais não estariam lá e então ele poderia fazer o que quisesse com a morena, ele a levaria para o quarto e a beijaria com fervor, para logo depois estar sob o corpo dela apertando suas curvas e tentando de alguma forma faze-la ceder aquilo.

Eu nunca desejei tanto ser um outro alguém como estava desejando ser ele. Não para tocar tão intimamente em Lauren, isso seria apenas uma consequência, mas em poder abraça-la a todo momento sem parecer suspeito, em poder segurar sua mão na rua e ser a primeira pessoa que ela pensa em ligar quando os trovões estão barulhentos demais e os galhos da árvore do vizinho batem contra sua janela, assustando-a. Como ela fazia quando éramos mais novos.

Eu sinto falta disso. Sinto falta dela.

[...]

Quando o relógio marcou 19:30 eu estava jogado em minha cama lendo um livro, meu livro favorito, e então alguem bateu na porta do quarto. Gritei um "entre" e a porta foi aberta sem pressa e aquela voz rouca chamou meu nome. Eu esperava ser qualquer pessoa, ate mesmo o Batman, mas não esperava por Lauren.

"Você esta bem?" - ela perguntou enquanto olhava ao redor do cômodo. - "Quarto bonito, é a sua cara."

"O que faz aqui?" - tentei soar o menos rude possível, mas acho que não funcionou. Lauren me olhou como se estivesse se arrependendo de estar ali. - "Não quis soar rude, me desculpe. Hm.. Aconteceu alguma coisa?"

"Sim." - me sentei na cama e dei espaço para que ela sentasse ao meu lado. A morena fechou a porta e se sentou ao meu lado sem me encarar. - "Você aconteceu."