Capítulo IV

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-Eu preciso de um celular - Senhor Montinês disse para Joana.

-Eu não tenho como trazer um pra você.

Ela disse se sentando na mesa da cozinha.
Os dois estavam almoçando.

-Eu tenho dinheiro, compre um pra mim.

Ele disse convicto.

-Eu vou ver, se der certo amanhã te trago

↪❤↩

Depois que o senhor Montinês recebeu e aprendeu a mexer no celular as coisas facilitaram muito com relação a máquina.

Ele não precisava ler grossos livros para aprender algo.
Era apenas pesquisar.
Um mês para conseguir um a peça?
Nunca mais.
Em sete dias úteis - como prometia os sites-Ele recebia quantas peças eram necessárias.

Eles estavam indo bem.
Mas restava pouco tempo para aquela data.

32 dias

↪❤↩

21 de Janeiro de 2017

Era de manhã e Joana estava indo em direção a casa do senhor Bento.

Ontem a noite os dois descobriram algo que podia funcionar, e ele disse que testaríam hoje então ela estava muito animada.

As ruas parecem mais calmas que o normal, e o sol não esta tão quente quanto ele aparenta.

Assim que chegou na casa do senhor Montinês ela guardou sua bolsa e foi fazer um leve café da manhã.

Ela estava tão ansiosa a ponto de tremer a medida que ligava o fogão.
Após preparar o café ela se dirigiu ao quarto dele.

Mas encontrou a cama tão arrumada quanto na noite anterior.

Então ela foi até o laboratório, sabia que ele estava lá.

Ela descia calmamente as escadas equilibrando a bandeja com as mãos.

Mas ela não o encontrou lá, nem em nenhum lugar da casa.

Então voltou para o laboratório.

Onde ele estava?

Em cima da escrivaninha ela encontrou um bilhete rabiscado as presas.

O café na bandeja escorregou e caiu manchando o chão com sua cor negra.

Joana, eu espero que me perdoe.
Não fiz por mal.
Mas eu não tinha tempo.
Eu tinha que ir.
Tinha que ser hoje
Eu testei a máquina e finalmente funcionou.
Eu não resisti.
Eu tive que fazer isto.
E minha vida, eu precisava fazer.
Então eu entrei e espero que funcione e eu não fique perdido no espaço-tempo.
Tem todas as formas que eu usei na gaveta da escrivaninha.
Sei que seus sonhos são diferentes do meu.
Mais ambiciosos.
Por isso você tem todo direitos de falar que foi você que a criou.
Mostre a sua família que tanto a desprezou que você é sim uma garota de sucesso.
Uma garota que merece ocupar um lugar na sociedade.
Você também faz parte disto.

Obrigado por me ajudar.
Muito obrigado

Obs: Eu levei o celular, se tudo der certo vou tentar de mandar uma mensagem.

Bento Montinês.


Ela olhou para o cómodo a sua frente frente.
Os óculos dele não estavam dobrados em cima da mesa.
Muito menos a caneta estaria no armário.
Ele teria os levado.
Ela sabia que teria.
Afinal se ele ficasse perdido precisaria de algo para o deixar feliz.
E caso chegasse precisaria de provas.

Mas ela estava feliz por ele.
E por ela.

10 anos depois...

Uma mensagem nunca chegou.
E eu não sei se você ficou perdido ou se não dava para mandar mensagens.

Mas eu sei que você está bem.
Eu sinto.

E sei que você ficaria orgulhosa de mim.
Eu sei que ficaria.

Eu nunca teria me usado de suas formas.

Na verdade a empresa BMVT
BENTO MONTINÊS VIAGENS NO TEMPO
Está fazendo muito sucesso.

E claro eu não podia me esquecer, a logo dos óculos redondos ficou incrível.

Então Bento, de onde quer que você esteja saiba que você mudou minha vida.
E eu espero que a sua também.

Joana

Pardon AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora